quarta-feira, 10 de dezembro de 2008

EM DEFESA DA CIDADE, CONTRA O AUMENTO DA CAPACIDADE DE PARQUEAMENTO DE CONTENTORES NO TERMINAL DE ALCÂNTARA

Lisboa encontra-se perante o facto consumado da intenção do Governo em aumentar a em mais de 250% de área e em mais 300% em volumetria zona de contentores de Alcântara. Este aumento traduzir-se-á na criação de um verdadeiro muro de aço naquela área, desvirtuando o sistema de vistas e adensando a barreira entre a cidade e o seu rio.

A decisão governamental de prorrogação da concessão até 2042 à Liscont, sem que para tal tenha ocorrido qualquer concurso público – facto a que o Executivo Camarário se recusa questionar – constitui um privilégio exclusivo do Grupo Mota-Engil, já que este será o único beneficiado com o aumento da capacidade de parqueamento no Terminal de Contentores de Alcântara. Os benefícios não se restringem ao custo por contentor (€10), pois a Liscont ficará ainda isenta de quaisquer taxas e que será uma empresa pública a custear as necessárias acessibilidades, obras cujo valor se prevê ascender os €500.000.000.

Ora, «Este negócio dos contentores mostra como o Governo despreza o interesse público», tal como afirma a deputada bloquista Helena Pinto.

O Bloco de Esquerda não pode compactuar com esta decisão à qual os lisboetas são alheios e os principais prejudicados, exigindo a revogação imediata do decreto-lei em causa e recomendando que a Câmara Municipal de Lisboa se manifeste contra o projecto denominado “Nova Alcântara”.

Neste sentido, o BE apresentou, para discussão na sessão da Assembleia Municipal de amanhã, uma moção onde além dos pontos acima mencionados, se solicitam audições ao Presidente da Assembleia da República e Grupos Parlamentares, com vista à sensibilização para a defesa da ligação da cidade de Lisboa ao Tejo, assim como apoiar todos os movimentos de cidadãos que se opõem à implantação de mais contentores no terminal de Alcântara.

Conhece aqui a moção apresentada.

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