segunda-feira, 30 de abril de 2007

Alguém viu o Paulo Portas?

O silêncio sobre a crise na CML não é exclusivo da direcção do PSD... Ainda ninguém (ou)viu o recém re-eleito Líder do Largo do Caldas... Estarão à procura de uma solução para Lisboa?... É simples! Devolver a palavra aos cidadãos!

[AS]

Carmona "vai a andar de mota". E agora?

No meio de uma crise, e em vésperas do Ministério Público o constituir como arguido no processo Bragaparques, Carmona foi passear para Londres, ver motos antigas, uma das suas paixões de eleição, e deixa a CML ao Deus dará e o PSD sem o conseguir contactar.
Hoje sabe-se que pediu adiamento da inquirição no DIAP, marcada para quarta-feira, e que este lhe foi concedido. Desta forma o PSD consegue ganhar tempo e organizar-se para correr com o seu "independente", que ainda na semana passada jurava não deixar a CML até final de mandado. Carmona, tudo indica, sairá mesmo contra estas declarações, mas já se prepara o terreno para "a Sra. que se segue".
Entretanto o PSD e os seus líderes, Marques Mendes, Paula Teixeira da Cruz, continuam mudos sobre esta situação. Afinal, o que tem o PSD a dizer a Lisboa e aos lisboetas sofre o futuro da cidade?
[CO]

sexta-feira, 27 de abril de 2007

Carmona ausenta-se do país

Em género de fuga da assumpção das responsabilidades, revestida numa cobardia inadmissível, a súbita ausência do país de Carmona Rodrigues revela um profundo desrespeito pelos lisboetas...

[AS]

O nervosismo de Carmona Rodrigues

Para quem não teve oportunidade de assistir à reunião da CML de ontem, deixo-vos aqui o link para as acusações de Carmona Rodrigues após a intervenção do Vereador José Sá Fernandes.

O desespero do ainda Presidente da edilidade lisboeta, que contou com o apoio dos mortiços Vereadores António Prôa e Pedro Feist, deixava adivinhar que algo de muito grave estaria a acontecer...

[AS]

A queda vertiginosa da maioria PSD

O fundo surge-nos de contornos difusos... Lisboa parece ameaçada por uma infinitude intolerável... Para quando a devolução dos destinos da cidade aos cidadãos?

[AS]

quinta-feira, 26 de abril de 2007

Carmona é arguido no processo Bragaparques


Carmona Rodrigues foi notificado para prestar declarações no Departamento de Investigação e Acção Penal (DIAP) na qualidade de arguido, no âmbito do caso Bragaparques diz o Expresso on-line.
Assim se explica o comportamento do Presidente na sessão de hoje, de cabeça absolutamente perdida...
[CO]

Quando um cravo sublinha a diferença



Sá Fernandes esteve na inauguração do Túnel. Com a coragem que o caracteriza, não fugiu aos jornalistas nem aos munícipes que o interpelaram.

Depois de ter percorrido o túnel a pé, foi para a manif. na Av. da Liberdade.

Era o único vereador que trazia um cravo na lapela.

[P]

quarta-feira, 25 de abril de 2007

Abriu ao trânsito mas vai fechar para testes

Mal foi inaugurado e já se anuncia que vai fechar ao trânsito nas madrugadas de sexta-feira, sábado e talvez domingo. "É extraordinário!", como diria, e bem, alguém que eu conheço...

Afinal parece que sempre existem dúvidas sobre a segurança no túnel do Marquês, mas ontem e hoje, até à hora da inauguração, todos os esforços foram para abafar o assunto e afirmar que tudo estava mais do que "seguro". Mesmo depois dos Bombeiros ou da ACA-M darem os seus alertas.
Hoje, no seu discurso o Presidente afirmou que, em matéria se segurnaça "o túnel foi muito além de obras semelhantes". Se assim é, então porque é que agora, apenas algumas horas após abertura, e depois do episódio da fuga de Carmona aos jornalistas, o vereador Pedro Feist anuncia o seu fecho para "avaliação da realidade, testes de uso e eventuais correcções"?
O responsável pelas Obras Municipais afirmou que foi uma "decisão técnica cautelar tomada terça-feira à noite", e que "vão fazer-se avaliações e proceder-se às devidas alterações, caso seja necessário".

Então se ainda há dúvidas, porque é que abriu hoje ao trânsito? Para quê correr riscos? Para quê por os automobilistas em risco?
Alguém anda, descaradamente, a brincar com os lisboetas.
[CO]

SEMPRE!!!

Posta a semente do cravo
começou a floração
do capitão ao soldado
do soldado ao capitão.

Foi então que o povo armado
percebeu qual a razão
porque o povo despojado
lhe punha as armas na mão.

Pois também ele humilhado
em sua própria grandeza
era soldado forçado
contra a pátria portuguesa.
Era preso e exilado
e no seu próprio país
muitas vezes estrangulado
pelos generais senis.

Capitão que não comanda
não pode ficar calado
é o povo que lhe manda
ser capitão revoltado
é o povo que lhe diz
que não ceda e não hesite
– pode nascer um país
do ventre duma chaimite.

Porque a força bem empregue
contra a posição contrária
nunca oprime nem persegue
– é força revolucionária!

Foi então que Abril abriu
as portas da claridade
e a nossa gente invadiu
a sua própria cidade.

Disse a primeira palavra
na madrugada serena
um poeta que cantava
o povo é quem mais ordena.
Excerto do poema As Portas que Abril Abriu
de José Carlos Ary dos Santos
[CO]

Túnel já foi inaugurado!!!


Afinal o Túnel do Marquês já foi inaugurado, e em grande estilo. Veja aqui as imagens dos verdadeiros "inauguradores"...
O presidente Carmona, adepto de desportos radicais, não podia ter tido ideia melhor.
Agora cuidadinho para não haver nenhuma queda...Todo o cuidado é pouco!
Veja também aqui uma outra visão muito fixe da inauguração do Túnel...E esperemos que não "vá tudo abaixo!!!"
[CO]

terça-feira, 24 de abril de 2007

Fontão de Carvalho arguido no processo Bragaparques


A notícia está no Público on-line há minutos...
Primeiro foram os prémios da EPUL, agora é também arguido no processo da Bragaparques, da troca dos terrenos do Parque Mayer pelos terrenos da antiga Feira Popular, que levou à tentativa de corrupção ao vereador José Sá Fernandes, notícia que o Público já avançara há alguns meses mas que foi desmentida e levou ao célebre episódio do "Não disse que era arguido [no processo da Epul] porque ninguém me perguntou..."
Agora confirma-se. Afinal onde há fumo sempre há fogo. E este é um dos grandes...
Parece que o seu falado regresso à CML ficará adiado...
[CO]

A vertigem do Túnel


O Túnel pode estar a induzir um perigoso efeito de vertigem na maioria da CML.

A direcção da Associação Nacional dos Bombeiros Profissionais, após uma análise efectuada pelo Regimento de Sapadores Bombeiros, considerou que o Túnel do Marquês não deve abrir ao trânsito amanhã.

Não há um plano de emergência, nem um plano prévio de intervenção, e aponta diversos problemas de segurança no Túnel.

Para bem da segurança de todos, tudo devia estar resolvido antes da abertura.

Apesar de tudo, é possível que Carmona insista na abertura do Túnel. A teimosia tem sido o denominador comum da sua postura em relação a esta obra.

Esperemos que a vertigem não dê em espalhanço. Esperemos que tudo corra bem.

[P]

O Túnel do Marquês abre amanhã


Aproveitando a ocasião da inauguração parcial do Túnel do Marquês, o editor de Economia do Expresso, este Sábado que passou, repete as estafadas teses de que 1. Os inúmeros atrasos foram por culpa de José Sá Fernandes; 2. Os atrasos causaram a derrapagem orçamental dos 13.750.000 para os 20.500.000 Euros.

Acrescenta a 3ª tese: Que a diferença deveria ser facturada directamente ao JSF.

Goebbels terá dito que "uma mentira repetida muitas vezes era como uma verdade". Assim, vale a pena recordar 3 factos:

1 – Em primeiro lugar não foi José Sá Fernandes que mandou parar a obra para que se elaborassem todos os estudos requeridos pela Lei. Foi um Juiz. Assim, talvez os “desvios de muitos milhões”, devessem não só “ser facturados directamente” a Sá Fernandes, mas também serem repartidos pelo Juiz que mandou parar a obra; pelos legisladores que decidiram tornar obrigatórios estudos enfadonhos para realizar este tipo de obras; ainda pelos legisladores que permitiram que os cidadãos possam recorrer para um tribunal com “providências cautelares” quando julgam que se está a cometer alguma ilegalidade e, já agora, por quem decidiu avançar com a obra sem verificar se todos os preceitos legais tinham sido cumpridos.

2 – Curiosamente, após realizados os tais estudos, o projecto sofreu alterações de fundo. Afinal, parece que este método de realizar estudos antes de perfurar o centro da cidade, onde passa o túnel do metro, cursos de água subterrâneos, e toda a panóplia uma de infra-estruturas no subsolo, tem mais lógica do que parece… Quanto se terá poupado pelo facto de ser ter antecipadamente realizado alterações ao projecto?

3 – Em terceiro lugar, a obra esteve parada por 7 meses enquanto se fizeram os tais estudos. Apenas as obras de escavação do túnel. Os trabalhos no exterior puderam continuar… Segundo Carmona Rodrigues, a esses 7 meses, ainda se devem somar cerca de “1 mês, 1 mês e meio”, que é quanto tempo leva para retomar a mobilização de máquinas e pessoal para a obra. Ora como no passado dia 10 de Abril, contaram-se os 30 meses de atraso da inauguração do túnel do marquês, ficamos sem a certeza a quem facturar os restantes 22 meses de atraso.

[BA]

sexta-feira, 20 de abril de 2007

Perguntar não ofende



Segundo o Record de hoje, "adeptos leoninos pretendem materializar a indignação com a Câmara e José Sá Fernandes através de manifestações nas ruas de Lisboa". Nós cá, no Gabinete, já recebemos pelo menos 2 telefonemas de Leões a protestar contra Sá Fernandes e a sua posição quanto ao loteamento de terrenos do Sporting...



Eu não percebo nada (mas mesmo nada) de futebol, pelo que esta pergunta até pode parecer parva: Mas não seria de facto muito mais grave que Sá Fernandes, em vez de exigir mais espaços verdes para aquela zona da cidade, exigisse mais espaços encarnados?



[BA]

Abre a 25! Não abre...Talvez abra! Não sei bem...Sim! Talvez...


Vai uma grande nervoseira lá prós lados dos Paços do Concelho.

Escolheu-se a data da Revolução, anunciou-se alto e bom som, e agora "afinal parece que não"... Falta o plano de segurança, manda-se a culpa para cima do consórcio construtor, e lavam-se daí as mãos.

A luz ao fundo do Túnel a 25 de Abril afinal será apenas uma espécie de "lusco-fusco"?

[CO]

quinta-feira, 19 de abril de 2007

Novas oportunidades precisam-se!

Mais de 50 mil licenciados estão actualmente no desemprego. Muitos apenas conseguem lugares em call-centers ou como empregados de mesa.
E o país continua a falar apenas de um, que nem se sabe se o é, está bem empregado e que terá uma reforma vitalícia...
Mais imagens da campanha do BE em www.esquerda.net
[CO]

quarta-feira, 18 de abril de 2007

Mais de 20 detidos em operação anti-skinheads

Dezenas de elementos de extrema-direita foram hoje detidos pela Polícia Judiciária (PJ), alguns em flagrante delito de posse de armas, numa vasta operação que envolveu cerca de 60 buscas, dizem a SIC e o Expresso.
A PJ tarda, mas não falha...
[CO]

Estão a chegar reforços!


terça-feira, 17 de abril de 2007

O enterro do Executivo?


Mais de 50 coveiros dos cemitérios de Lisboa concentraram-se hoje, frente à CML.
Pensei que, após a reunião de ontem, em que o Executivo saiu defunto, estariam já em marcha, finalmente, os preparativos para o seu enterro...
Deculpem-me os coveiros, e as suas legítimas aspirações por melhores condições e segurança no trabalho, mas não resisti à piada mórbida...
[CO]

segunda-feira, 16 de abril de 2007

O Dia Horribilis de Carmona

Carmona e a sua decrépita maioria tiveram hoje, durante a reunião extraordinária da Câmara, um verdadeiro dia horribilis.


O vereador Lipari (PSD) abandonou a reunião a meio, por discordar da posição de Carmona sobre o relatório da Gebalis, obrigando a uma interrupção perante a evidente fractura e desorientação política da maioria PSD.

Com toda a oposição a declarar que votaria contra a urbanização do Sporting, Carmona também foi obrigado a adiar esta proposta, depois de ter assumido irresponsaveis compromissos, públicos e publicados, com o presidente daquele clube.

Finalmente, a maioria PSD viu anulado, com os votos de toda a oposição, o despacho de Carmona que nomeava os dois novos administradores da EPUL, entre os quais Rosa do Egipto (PS).

Que mais será necessário acontecer para que o PSD perceba que esta maioria está fracturada por interesses de grupo, descredebilizada e incapaz de governar a Cidade?

Carmona Rodrigues ainda não terá percebido que a crise política na Câmara é de tal forma grave que já não basta distribuir alguns lugares por alguma oposição para a neutralizar (como era habitual)?

Será que a irresponsabilidade política vai continuar, por mera conveniência partidária do PSD, a prejudicar gravemente a Cidade e os lisboetas?

Até quando, até quando?...

[P]

sexta-feira, 13 de abril de 2007

PNR ajuda Carmona Rodrigues a reduzir despesas

Tal como o BE tinha previsto, o PNR agiu em conformidade com a notificação da CML e removeu o cartaz degradado... para o fazer substituir por outro.

Em dilacerante concordância, PSD, PS, PCP e CDS/PP recusaram a proposta do BE de solicitar a remoção do cartaz repudiado por tod@s. Num inenarrável conformismo legalista, os vereadores em questão demitiram-se do seu cargo político, abraçando uma extraordinária esquizofrenia atitudinal.

No seu site, o PNR chega mesmo a agradecer ao Vereador Ruben de Carvalho pela sua intervenção em prol da manutenção do painel, numa caquética defesa da liberdade de expressão.

Como resposta à complacência da CML, o “novo” outdoor mantém o carácter atentatório de valores, direitos, liberdades e garantias fundamentais dos cidadãos.

Porém, António Prôa sorri e até já recebeu um caloroso abraço do Presidente da CML pela solução encontrada. Sem qualquer custo para a edilidade, as brigadas de vigilância do movimento nacionalista garantem a "estética" da Praça do Marquês de Pombal. Com esta medida, Carmona Rodrigues espera reduzir o passivo da CML para 2007... e já se ouvem nos corredores que o edil pretende estabelecer um protocolo de cooperação para outros espaços da cidade.

[AS]

quinta-feira, 12 de abril de 2007

Isenções e empréstimos

3,1 milhões de euros. É este o valor que a CML deixará de encaixar, caso seja aprovada, na próxima segunda-feira (em sessão extraordinária) a proposta do vereador dos espaços verdes, António Prôa, para isentar a organização do festival musical Creamfields do pagamento de taxas municipais pela utilização do Parque da Bela Vista.

O valor em causa corresponde à ocupação da via pública e emissão de ruído entre os dias 5 e 31 de Maio. Diz o vereador que o festival dará "prestígio" à cidade de Lisboa e servirá para a "divulgar a sua imagem em Portugal e no Mundo", pelo que a isenção faz sentido. Mas não exisitirão outras formas de publicitar Lisboa além-fronteiras, menos "caras" para o erário público e com mais contrapartidas para os lisboetas?

Ainda ontem a CML aprovou o empréstimo de 30 milhões de euros para dar resposta a "dificuldades de tesouraria", mas cujo montante poderá não vir a ser utilizado, sendo uma salvaguarda para o pagamento do subsídio de férias dos trabalhadores.

Isenta-se por um lado, e contraem-se empréstimos por outro. Alguém percebe este tipo de gestão?
[CO]

PS bate no fundo

A nomeação de Rosa do Egipto (presidente da Junta dos Olivais pelo PS) para a administração da EPUL tresanda a negociata entre Miguel Coelho (chefe da concelhia do PS) e Carmona Rodrigues.

Não o assumiram e até foram dizendo que se tratava de um acto individual, que o senhor até se demitiu do secretariado da concelhia, etc., etc. Uma espécie de gato escondido com o rabo de fora.

A facção dos vereadores PS Nuno Gaioso/Isabel Seabra apresentou ontem uma bem fundamentada proposta para que fosse considerada nula a nomeação pelo presidente da CML dos dois administradores para a EPUL.

Mas, para espanto de todos, o resto do PS de nada sabia. E mesmo depois de saber, Dias Baptista (o putativo lider da bancada) continuou a declarar que nada sabia.

Está na cara que o PS/concelhia, representado por Dias Baptista na CML, tem um enorme problema entre mãos. Vai votar contra a proposta de Gaioso e, assim, denunciar o negócio com Carmona? Ou vai votar a favor da proposta e põe em causa o acordado com Carmona?

Assim o PS não vai a lado nenhum... ou, melhor dito, só pode ir ao fundo!

[P]

quarta-feira, 11 de abril de 2007

Carmona Rodrigues afirma «Não retiraremos o cartaz do PNR!»

Em plena reunião de Câmara, o Presidente da autarquia lisboeta declarou hoje «a sua posição contra todas as manifestações que promovam a intolerância e a xenofobia (...) como, infelizmente, se constata na mensagem contida no cartaz do PNR contrária à permanência de cidadãos imigrantes.» Aplaudimos a iniciativa!

Refugiando-se num legalismo paupérrimo, a autarquia, com a conivência do PS, PCP e CDS/PP, recusa, porém, agir em conformidade, esclarecendo que não efectuará qualquer diligência no sentido da remoção do painel visado. Ora, esta atitude reveste-se de uma inacreditável cobardia, pois na prática fica tudo na mesma... Será que a CML se envergonha da sua declaração de repúdio? A verdade é que ao longo de uma semana, António Prôa e Carmona Rodrigues mergulharam num inadmissível silêncio...

Interpretações à parte, uma coisa é certa: o outdoor do PNR é para manter.

[AS]

segunda-feira, 9 de abril de 2007

Manifestação contra a Fundação D. Pedro IV

A população do Bairro dos Lóios e das Amendoeiras realiza amanhã uma manifestação e cordão humano contra as ilegalidades cometidas pela Fundação D. Pedro IV e por uma real aplicação do Art.ª 65 da Constituição Portuguesa.

Recorrendo à intimidação e à coação sobre os seus inquilinos, a referida Fundação tem desenvolvido, de modo progressivo, práticas que contrariam a sua condição de IPSS, prejudicando o erário público, como dá conta o relatório que propunha a sua extinção. Realizado entre 1996 e 2000, o relatório apurava a gestão danosa em proveito pessoal dos administradores da Fundação D. Pedro IV, facto ignorado pelo inspector da Segurança Social de então. Por iniciativa da Comissão de Moradores, o processo vai voltar a ser investigado pela Procuradoria-Geral da República (PGR).

Local de Encontro: 18h, nas traseiras da RTP (Chelas).

Conhece aqui os promotores da manifestação e suas causas.

O Bloco de Esquerda lá estará.

[AS]

Brancos costumes, por Joana Amaral Dias

Quando o PNR colocou o seu cartaz xenófobo no centro de Lisboa, houve quem se apressasse a declarar a sua legalidade. A Procuradoria-Geral da República logo concluiu que não existia nenhum indício de ilícito. Mas quando os Gatos Fedorento lançaram um cartaz a satirizar o do PNR, a Câmara Municipal de Lisboa correu a declarar a sua ilegalidade. Esta câmara, que no seu currículo de celeridade e eficiência tem pouco mais do que a atribuição de prémios ilegais a administradores da EPUL, conseguiu inviabilizar o cartaz destes cidadãos em menos de 24h.

O Vereador dos Espaços Públicos, António Prôa, justificou esta decisão alegando que o cartaz «não possui licença camarária». Nem nunca teria porque, diz o sr. vereador, o Marquês de Pombal é uma praça classificada pelo Ippar, não sendo permitida a afixação de cartazes publicitários num perímetro de 50m. Contudo, há um ano, aquando da inauguração do casino, foram espalhados pela cidade cubos gigantes de publicidade. Uma excepção, portanto.

À Câmara bastava ter contactado os Gato Fedorento para que procedessem à regularização do cartaz que, evidentemente, nem sequer é um cartaz publicitário. A legalidade aqui é lábia: o executivo tem dois pesos e duas medidas. Com o casino, condescendência. Com o PNR, tolerância. Com os Gato, intransigência. A lei é severa com as mensagens humorísticas e humanistas. Mas mole com os capitalistas. E afável com os fascistas.

Conhece aqui a crónica completa.

domingo, 8 de abril de 2007

Bairro Azul aguarda Classificação como Património de Interesse Municipal

Desde Abril de 2005 que os cidadãos do Bairro Azul aguardam a classificação do seu bairro como interesse municipal por parte da edilidade. Enquanto a distinção oficial tarda em chegar, as agressões resultantes de obras dos edifícios avançam, com a destruição de elementos decorativos originais, a proliferação de publicidade abusiva e aparelhos de ar condicionado, factores que vão desenhando a aniquilação de um estilo arquitectónico expoente da art déco dos anos 30 do século XX, presente nas fachadas, vestíbulos de entrada ou elevadores.

Segundo a edição de hoje do Diário de Notícias, é pela preservação do que ainda é genuíno que a Associação de Moradores daquele bairro lisboeta tem vindo a lutar nos últimos anos, e atá apresentou à autarquia alguns contributos no âmbito da preparação do referido regulamento, nomeadamente quanto ao nível das cores, fachadas, marquises de tardoz e escadas de serviço.

A CML lá vai dizendo que o regulamento já está em elaboração, mas no âmbito do Plano de Pormenor da Praça de Espanha e Avenida José Malhoa, cuja data de conclusão se desconhece.

«Queremos um bairro vivo, genuíno, que retome a unidade que tinha e que se tem vindo a perder, com o rasgar das ruas, com o atravessamento de tráfego automóvel. O bairro não é só composto pelas três artérias mais conhecidas: a Fialho de Almeida, a Ressano Garcia e a Marquês de Fronteira. A Ramalho Ortigão também dele faz parte, só que com a construção do viaduto sobre a José Malhoa e o consequente alargamento do seu perfil rodoviário deixou quase de ser habitável.» (Ana Sousa, da Associação de Moradores, ao DN)

[AS]

sábado, 7 de abril de 2007

Demasiado mau

Leio no DN de hoje: «Ontem o gabinete do vereador António Prôa, responsável na autarquia lisboeta pelo pelouro do Espaço Público, referiu que "o cartaz em questão não possuía licença camarária". A autarquia esclareceu ainda que "durante o dia 5 de Abril os serviços não detectaram qualquer pedido para a colocação daquele cartaz na Praça Marquês de Pombal", acrescentando que "a ausência de pedido de licenciamento inviabilizou a notificação aos infractores para procederem voluntariamente à remoção". O comunicado realça a necessidade de se seguir "uma política de ordenamento e respeito pelo espaço público da cidade" pelo que "não pode permitir que seja afixada publicidade sem licença".»

Mas Ricardo Araújo Pereira diz que enviou fax para o Gabinete da Presidência, na 4ª Feira. Alguém mente ou é Cal Gonçalves que tem o fax lá para cima da secretária, debaixo do cinzeiro?


Mas o que se estranha mais é porque é que os autores do cartaz não foram notificados da ilegalidade e intimados a retirar o cartaz (à sua custa). Porquê que tiveram de ser os serviços da Câmara, num dia feriado (estão cheios de dinheiro para horas extraordinárias!) a retirar o cartaz? Por causa da "política de ordenamento e respeito pelo espaço público da cidade"? Não me façam rir! Só assim de repente, lembrei-me de Sá Fernandes ter contestado os cubos do casino e os quiosques de gelados da Nestelé que eram para as festas de Lisboa e ficaram até Setembro...

Não creio que António Prôa (ou algum dos promotores imobiliários que trata toda a gente por tu dentro da CML) tenham simpatias fascistas... O que acho é que a Câmara é governada por gente que nem sequer tem inteligência política para compreeder que é mais importante (nomeadamente para Lisboa) dificultar mensagens de apelo ao ódio e à violência xenófoba e racista, e promover uma cultura contrária a isso, do que estar com primarismos do género: "vamos chatear a esquerda".

[BA]

sexta-feira, 6 de abril de 2007

Vereador António Prôa pondera filiar-se no PNR

A mensagem preconizada no cartaz do Partido Nacional Renovador veicula um ataque fortíssimo a valores essenciais de cidadania, tolerância e inclusão, gritantes numa cidade que se pretende cosmopolita. A indiferença da CML à prática destes actos xenófobos, consubstanciada na ausência de qualquer iniciativa política de repúdio à mensagem do PNR, torna-se escandalosa ante a pressão pelo cumprimento do Regulamento de Publicidade no caso do painel humorístico dos Gato Fedorento.

A celeridade do Vereador António Prôa em retirar, sem qualquer notificação prévia, o cartaz de resposta de Miguel Góis, Ricardo Araújo Pereira, Tiago Dores e Zé Diogo Quintela, acompanhado do vazio de declarações sobre a mensagem do PNR, revela uma indubitável identificação ao carácter discriminatório contido, clarificando uma proximidade àquele movimento nacionalista.

Ao afirmar que a remoção do cartaz do PNR é consequência da sua vandalização, constituindo por isso poluição visual, António Prôa não esconde a sua mediocridade política, anunciando um novo rumo. Desconfiamos que o ainda Vereador do PSD já esteja em conversações com José Pinto Coelho, para uma candidatura própria à Presidência da CML.

[AS]

quinta-feira, 5 de abril de 2007

O desespero de Maria José Nogueira Pinto

Lisboa já conhecia os arrufos da ainda vereadora do CDS/PP na CML. Como não recordar o atabalhoado abandono da coligação com Carmona Rodrigues? Porém, desfeito o casamento, alternando com o PCP, lá foi viabilizando o executivo, como que evitando o divórcio.

Meses depois, novo arrufo... desta vez com o próprio partido, logo após o regresso (assumido) de Paulo Portas. Soltaram-se acusações de agressões, calúnias e indelicadezas verbais, num claro sinal de nervosismo ante a ameaça consubstanciada no ex-líder do PP. A passagem das horas revelou mais tarde a possibilidade de Maria José Nogueira Pinto abandonar o partido, ideia concretizada pouco tempo depois. Entretanto, “coloca à disposição do partido” o seu lugar de vereadora na edilidade lisboeta. A saída do cargo para o qual foi eleita é efectivada, ainda Cronos se refazia dos anúncios anteriores.

Ontem, em entrevista ao Diário Económico, Nogueira Pinto avisou que pondera ser ex-ex-militante do CDS/PP, bastando para tal que Paulo Portas e Ribeiro e Castro se entendam, acrescentando ainda que, afinal, o seu projecto para a capital ainda se mantém. Não descartando a hipótese de uma candidatura independente, piscou o olho a Cavaco Silva e a José Sócrates.

Insegura, Maria José Nogueira Pinto lá vai anunciando cada passo, cada pensamento e cada intenção relativamente ao seu presente e futuro político, qual adolescente, em plena construção da sua identidade, ocultando os seus medos, angústias e receios através da assumpção de condutas revestidas de autonomia e maturidade, mas que, dada a sua real inexistência, se transformam em desastrosas e desmedidas atitudes de meras chamadas de atenção, reveladoras da sua fragilidade.

No último ano, sempre que se sente mais frágil, Maria José Nogueira Pinto abandona o barco. Talvez sofra de uma profunda falha narcísica, ou então, é a mera crise da meia-idade que assola. Em qualquer dos cenários, uma terapia de apoio constitui-se como instrumento para ajudar a pensar, clarificar ideias e emoções, simplesmente, fortalecer-se. A vivência do desespero é aterradora...

[AS]

Concentração de moradores por uma CRIL segura

Durante cerca de duas horas, um grupo de moradores da Damaia e de Santa Cruz de Benfica concentrou-se à porta da CML em protesto pelo traçado lançado a concurso para a conclusão da CRIL e a ligação ao IC16 no troço entre a Buraca e a Pontinha.

«Este traçado vai ser uma estrada da morte quando existe uma alternativa melhor que está guardada na gaveta», lamentou ao DN Fátima Cardina da Comissão de Moradores da Damaia. Da má qualidade do ar aos problemas do ruído, são diversas as queixas apresentadas pela Associação Cívica de Moradores de Alfornelos.

Nós por cá mantemos o apoio à luta por uma CRIL Segura.

Ver post anterior sobre esta matéria.

[AS]

quarta-feira, 4 de abril de 2007

Imbróglios Jurídicos

Carmona Rodrigues decidiu nomear por despacho um Administrador da EPUL que é também Deputado Municipal.

Funcionários da EPUL recebem, visivelmente entusiasmados, os seus novos dirigentes, ontem à tarde.


Não sendo eu jurista, de qualquer forma sei ler... e no artigo 47º do Regime Jurídico do Sector Empresarial Local (Lei nº53-F/2006), diz no seu nº 2 "É igualmente proibido o exercício simultâneo de mandato em assembleia municipal e de funções executivas nas empresas municipais".

Claro que o executivo responde como no caso dos famosos prémios: A EPUL não é bem uma empresa municipal, porque os seus estatutos são de 1971... Ou seja: Tem de se ver, mas entretanto, nomeia-se já o Administrador.


Se no caso do Sr. Egipto, em caso de dúvida, actua-se primeiro e depois apura-se da legalidade do acto, no caso do tristemente famoso cartaz do PNR, a maioria teve entendimento diametralmente diferente.

É um cartaz apela a ideias xenófobas ou apenas contesta a política de imigração do Governo? Que grande dúvida assaltou aos Vereadores da maioria... Bem, neste caso, visto haver tantas dúvidas, decidiram-se por não fazer absolutamente nada, a não ser, fazer "orelhas moucas" às exigências vindas dos mais diversos sectores da sociedade para que se retirasse imediatamente o cartaz da principal rotunda da cidade.

[BA]

Concelhia do PS nada diz

Rosa do Egipto vai pedir um parecer jurídico para saber se o novo cargo na administração da EPUL é incompatível com presidência da Junta do Olivais. Caso exista incompatibilidade, opta pela freguesia. Entretanto, já pediu para sair da SRU Oriental.

Marina Ferreira diz que que se trata de uma questão «pessoal». Dias Baptista nega as «negociações de bastidores» e classifica a nomeação de «uma jogada hábil de Carmona, mas muito desagradável para o PS».

Rosa do Egipto admitiu que aceitou o cargo, sem falar com o partido, tratando-se de uma «decisão pessoal».

Face a tudo isto a concelhia do PS limita-se a aceitar a sua saída do secretariado. Mas afinal o que é que a concelhia do PS, e o líder Miguel Coelho, têm a dizer?

Enquanto isto, o PS prepara-se para aprovar na próxima sessão da CML a sua proposta de fusão das três sociedades de reabilitação urbana (SRU) numa única. Quem é que aposta que vai ser aprovada?!...
[CO]

PS e CDS correm por esmola do Executivo

Na edilidade, após a saída dos seus cabeças-de-lista, PS e CDS-PP lutam por uma coligação com o executivo. Do piscar de olhos de Miguel Anacoreta Correia à integração de Rosa do Egipto, Presidente da Junta de Freguesia dos Olivais e "ex-membro" do secretariado da concelhia socialista, no Conselho de Administração da EPUL, a corrida pelo lugar de apoio coxo à insustentabilidade de Carmona Rodrigues está ao rubro.

[AS]

terça-feira, 3 de abril de 2007

EPUL com Administrador Socialista



Chama-se Rosa do Egipto e vai integrar o Conselho de Administração presidido por João Teixeira, o homem que tanto tem feito pela EPUL e por Lisboa...

[BA]

domingo, 1 de abril de 2007

Ilegalidades

Mergulhada num imenso pantâno político, a CML conhece agora uma das conclusões do inquérito realizado pela Inspecção-Geral da Administração do Território: a edilidade autorizou obras ilegalmente.

Segundo o diário Correio da Manhã, «a IGAT, que realizou um inquérito às obras no município por ordem do secretário de Estado Adjunto e da Administração Local, Eduardo Cabrita – após um relatório arrasador da Provedoria de Justiça –, quer agora que a autarquia adopte novos procedimentos e informe este organismo

Favorecimentos, atribuição indevida de prémios, loteamentos em plena revisão do Plano Director Municipal e alvarás ilegais são inúmeros os casos que em apenas um ano e meio de mandato assolaram o município...

Este executivo camarário não esconde a sua incapacidade em cuidar de Lisboa...

[AS]

Em Lisboa, o calvário continua…

Segundo noticia o Semanário Sol, o executivo lisboeta prepare-se para relançar a fórmula já testada de coligação com o partido centrista. Uma vez mais, o PSD demonstra a sua fragilidade, num desespero catatónico por uma pretensa estabilidade, que apenas se fundamenta na incapacidade para superar a crise. Assim, o PSD recua e estende a mão ao CDS-PP, que, após a saída de Maria José Nogueira Pinto, vê na actual crise municipal a oportunidade de surgir, tal como Paulo Portas para o próprio partido, elo “salvador”.

António e Miguel agarram nos remos… a ver vamos se partem na mesma direcção… e/ou se a estrutura do barco aguenta a tempestade... uma coisa é certa, Carmona Rodrigues vai definhando.

[AS]