sábado, 7 de abril de 2007

Demasiado mau

Leio no DN de hoje: «Ontem o gabinete do vereador António Prôa, responsável na autarquia lisboeta pelo pelouro do Espaço Público, referiu que "o cartaz em questão não possuía licença camarária". A autarquia esclareceu ainda que "durante o dia 5 de Abril os serviços não detectaram qualquer pedido para a colocação daquele cartaz na Praça Marquês de Pombal", acrescentando que "a ausência de pedido de licenciamento inviabilizou a notificação aos infractores para procederem voluntariamente à remoção". O comunicado realça a necessidade de se seguir "uma política de ordenamento e respeito pelo espaço público da cidade" pelo que "não pode permitir que seja afixada publicidade sem licença".»

Mas Ricardo Araújo Pereira diz que enviou fax para o Gabinete da Presidência, na 4ª Feira. Alguém mente ou é Cal Gonçalves que tem o fax lá para cima da secretária, debaixo do cinzeiro?


Mas o que se estranha mais é porque é que os autores do cartaz não foram notificados da ilegalidade e intimados a retirar o cartaz (à sua custa). Porquê que tiveram de ser os serviços da Câmara, num dia feriado (estão cheios de dinheiro para horas extraordinárias!) a retirar o cartaz? Por causa da "política de ordenamento e respeito pelo espaço público da cidade"? Não me façam rir! Só assim de repente, lembrei-me de Sá Fernandes ter contestado os cubos do casino e os quiosques de gelados da Nestelé que eram para as festas de Lisboa e ficaram até Setembro...

Não creio que António Prôa (ou algum dos promotores imobiliários que trata toda a gente por tu dentro da CML) tenham simpatias fascistas... O que acho é que a Câmara é governada por gente que nem sequer tem inteligência política para compreeder que é mais importante (nomeadamente para Lisboa) dificultar mensagens de apelo ao ódio e à violência xenófoba e racista, e promover uma cultura contrária a isso, do que estar com primarismos do género: "vamos chatear a esquerda".

[BA]

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