terça-feira, 29 de abril de 2008

Sá Fernandes garante manutenção dos Espaços Verdes mesmo sem concursos internacionais

É de facto insólito que sucedeu hoje na AML.
Após vários meses em vários Espaços Verdes da cidade estiveram completamente degradados, fruto da incapacidade política do PSD e do então vereador dos Espaços Verdes, e após meses e meses de adiamentos do lançamento de concursos necessários para efectuar a manutenção dos espaços, o PSD vem agora, com a ajuda do PCP e CDS-PP, dizer claramente que quer impedir o Vereador José Sá Fernandes de trabalhar.
O chumbo, hoje, na Assembleia Municipal de Lisboa, do lancamento de concursos públicos para manutenção de oito espaços verdes na cidade, propostos pelo vereador do Ambiente e aprovados em CML, serve exactamente para quem governou a CML no passado não se responsabilizar pelo estado de calamidade em que deixou os Espaços Verdes da cidade.
Aprovados em Câmara, porque foi evidente a urgência no seu lançamento, os concursos para a manutenção e conservação dos parques Vale Grande, Moinhos de Santana, José Gomes Ferreira, Alto da Serafina e Alvito, Monsanto, Quinta das Conchas e Lilazes e os espaços verdes dos Olivais Norte e Bairro de Caselas, foram agora obstaculizados na AML.
Os argumentos utilizados são do mais absurdo, ditos da boca de quem teve responsabilidades claras sobre a degradação a que os Espaços Verdes da cidade chegaram. Diz Saldanha Serra, o líder da bancada do PSD que estes concursos "não são uma boa solução", e "não obedecem a nenhum planeamento". Como disse, senhor deputado municipal?
Que planeamento fez o PSD no passado ao gastar fortunas a inaugurar parques megalómanos e ao melhor estilo "cinematográfico" mas que hoje em dia não têm sequer 5 utilizadores diários (Parque Oeste)? Parques onde morrem crianças porque nem sequer se acautelaram as questões da segurança?
Que planeamento é este, o do PSD, quando dezenas de concessões em Espaços Verdes foram autorizadas anos a fio sem que um tostão entrasse nos cofres da CML?
E que planemento é este que deixou durante meses centenas de hectares da cidade entregues a si próprios e às vicissitudes do tempo enquanto lixo e degradação se apoderam dos locais?
Mas que planeamento foi este afinal que deixou os jardineiros da CML sem fardas para trabalhar, sem utensilios para limpar, e sem sítio digno para os albergar (veja-se o recente protesto dos jardineiros no Campo Grande, que em breve terão novas instalações)
É preciso não ter mesmo vergonha.
Já o PCP fala do que, de facto, não sabe. Diz José Godinho que a Câmara, tem "muitos jardineiros sem muito que os ocupe". É caso para dizer que mais valia ter ficado calado senhor deputado. A Câmara tem 240 jardineiros para manter milhares de hectares de Espaços Verdes. Não é preciso ser brilhante a matemática para perceber o disparate da afirmação do senhor autarca do PCP.
O que sucedeu hoje na AML é claro: José Sá Fernandes, no seu trabalho determinado para resolver os problemas do Ambiente, e devolver à cidade a dignidade que ela merece em matéria de Espaços Verdes, contará com todos os obstáculos possíveis e artificiais por parte das bancadas da oposição.
O Vereador do Ambiente é pessoa de convicções fortes e continuará a trabalhar: já hoje assegurou que "com ou sem concursos" a manutenção nos espaços verdes da cidade irá continuar a ser feita.
Veja aqui a notícia completa sobre o que se passou hoje na AML.

3 comentários:

Anónimo disse...

Esse Saldanha Serra é um mentecapto.

Anónimo disse...

O sr presidente José Godinho até um assessor para os espaços verdes tinha! É fartar vilanagem.

Anónimo disse...

Vejo nos jornais que o PCP diz que "a câmara tem muitos jardineiros sem muito que os ocupe"...

Depois desta acusação de "desocupação" dos jardineiros, virá concerteza um pedido de corte radical no pagamento de horas extraordinárias aos mesmos. Realmente se não têm nada para fazer...

Claro que estou a ser irónico.

Para o PCP de Lisboa, ter o Bloco a gerir um pelouro que já foi seu, foi demasiada areia para a sua camioneta. Perdeu as estribeiras e já deixou de ser sério há muito tempo.