quarta-feira, 7 de novembro de 2007

SOBRE O ACIDENTE NO PARQUE OESTE

Comunicado do Gabinete do Vereador José Sá Fernandes

Sobre o acidente ocorrido com uma criança de 9 anos, verificado no lago do Vale Grande, na zona do Parque Oeste, no passado dia 4 de Outubro, o gabinete do Vereador com o Pelouro do Ambiente, Espaços Verdes e Plano Verde, José Sá Fernandes, esclarece o seguinte:

O Vereador determinou a instauração de um inquérito interno no dia 5 de Novembro, assim que este acidente foi do seu conhecimento, para apurar com rigor os factos que estiveram na sua origem.

A Divisão de Investigação Criminal da Polícia de Segurança Pública desencadeou também um processo de averiguações sobre o sucedido, tendo ainda o caso do menor sido dado a conhecer, para o acompanhamento devido, à Comissão de Protecção de Crianças e Jovens de Lisboa.

José Sá Fernandes tem o pelouro do Ambiente e Espaços Verdes há apenas dois meses, tendo-se deparado com a grande maioria dos espaços verdes da cidade em avançado estado de degradação, alguns dos quais foram deixados sem qualquer intervenção ou manutenção pelo anterior Executivo, durante vários meses.

No início do mês de Setembro, o Vereador reactivou um largo conjunto de contratos de manutenção dos espaços verdes. Até à data José Sá Fernandes assegurou intervenção em cerca de 88 hectares de área verde, para além dos espaços que são mantidos pelos serviços da CML.

Nessa altura, José Sá Fernandes solicitou aos serviços de Ambiente e Espaços Verdes da CML que apresentassem o seu diagnóstico sobre os espaços verdes da cidade, e indicassem as soluções técnicas a adoptar para os vários locais. A avaliação das condições do Parque Oeste fez parte do trabalho desenvolvido pelos serviços, tendo ficado concluída há cerca de dez dias.

As medidas determinadas pelos serviços, de forma a melhor as condições de segurança do parque, vão ser postas em prática, com a máxima urgência, tal como José Sá Fernandes já afirmou publicamente.

Será colocada uma malha de protecção junto às bermas do lago, que ficará submersa, de forma a dificultar o acesso à água por parte de todos os utilizadores do parque, acautelando quedas involuntárias de pessoas e objectos. Serão também reforçados os obstáculos no acesso ao lago, através do enrocamento das suas margens.

A sinalética existente, que alerta para os perigos da entrada na água, será melhorada em termos do número de placas existentes, e da visibilidade das mesmas. Serão colocadas novas placas e os sinais que existem serão rectificados de forma a ser mais evidente o alerta para o perigo do acesso à água.

É de lastimar que este caso humano tenha sido aproveitado politicamente, para se assacarem responsabilidades, a quem, de facto, não as tem.

José Sá Fernandes não pode ser responsabilizado, pela concepção deste parque, cuja construção data do anterior Executivo, e que, ao que tudo indica – sendo essa a convicção dos próprios moradores – tem características que põe em causa a segurança de quem o frequenta.

O Vereador está a acompanhar o evoluir da situação médica da criança, que permanece internada nos cuidados intensivos do Hospital Dona Estefânea, desejando as suas rápidas melhoras.

O Gabinete do Vereador José Sá Fernandes
7 de Novembro de 2007

15 comentários:

Anónimo disse...

E que tal dar ouvidos a quem vive nesta zona,conhece o parque e já diagnosticou os problemas de que ele padece, tendo mesmo apontado as soluções.
Se o Sr. vereador quer dar voz aos lisboetas depois deve ouvi-la.

Anónimo disse...

Leia melhor o comunicado do vereador e vai perceber que reflecte as preocupações dos moradores.

Anónimo disse...

"Depois de casa arrombada..."

A vitimização politica fica bem, mas apenas aos olhos de uma câmara de tv...
A responsabilização atribuída ao sr. vereador "Zé" é apenas a de não ter sabido dar ouvidos, no último mês de calendário (já dentro do seu período de mandato), às preocupações dos cidadãos.

Estes cidadão, e neste momento falo por mim, estão, cada vez mais, com a sensação que, passado tão pouco tempo das eleições, o cidadão tão critico, que tanto apregoava as preocupações dos cidadão de Lisboa, que tantas propostas de acção dizia ter, passou a ser apenas... mais um politico!

É claro que, no espaço de 1 ou 2 meses, pouco se consegue fazer para mudar o status quo anterior de uma organização tão complexa e pesada que será a CML... mas, bolas, já é um bocado "fora de moda" deitar todas as culpas às más gestões anteriores.
Eu sei que é muito mais fácil dizer-se o que está mal e vitimizarmo-nos em vez de assumirmos que erramos.
E o único erro de que se está a responsabilizar o sr. "Zé" é o de não ter continuado a ouvir, como tinha feito até à eleição.

Neste caso, não acho que alguém peça a cabeça o vereador (ou sequer que o responsabilize pelo acidente).
Apenas se requer "os seus ouvidos"; que os saiba usar para "ser fiel ao seu compromisso" de "continuar o trabalho feito"; que os utilize no escutar ou ler os mails e blogs (sim , sei que serão muitos os blogs com preocupações dos lisboetas).

Note-se que não faço aqui critica alguma à gestão da vereação. Apenas digo que se saiba usar a opinião que os cidadãos estão disponiveis para partilhar ou que, pelo menos se lhes possa fazer ver que, pelos menos foram "escutados" ou quando muito apenas "ouvidos"!

Tiago disse...

Caros concidadãos, caros blogger do Gente por Lisboa, caro Gabinete do Vereador José Sá Fernandes,

Dada as vossas declarações acusando um grupo de cidadãos de aproveitamento político, o blog Viver na Alta de Lisboa exerce o direito de resposta, aqui.

Muito obrigado por lerem.

Tiago Figueiredo
blog Viver na Alta de Lisboa

Anónimo disse...

O acidente talvez não tivesse acontecido se tivesse sido mantida a permanência do vigilante no Parque, que de há uns meses para cá foi substituído por um serviço da Prossegur que não aparece.

É importante chamar os utentes para este fantástico Parque. O Parque não tem mais pessoas porque não tem um parque infantil, um café com esplanada, bancos confortáveis para as pessoas se sentarem... Se houvesse mais gente a circular no Parque talvez o acidente não tivesse ocorrido ou a criança fosse mais rapidamente socorrida.Provavelmente se houvesse manutenção dos cursos de àgua (limpeza, remoção de limos e juncos, remoção de lodo...) a queda à água da criança não teria tido as consequências que teve.

Resumindo: é importante assegurar uma manutenção eficaz do Parque e dotá-lo de equipamentos que o tornem atractivo para os utentes.

E já agora, porque razão mais de metade das luzes do Parque estão apagadas à noite?

Anónimo disse...

É despropositado, caro Tiago, considerar-se o alvo da declaração do Gabinete do Vereador sobre o aproveitamento político do acidente.
Claro que o objectivo a atingir não são os moradores (com os quais concordo no essencial), mas sim certos e habituais manipuladores.
Continuação de bom trabalho.

Pedro Cruz Gomes disse...

As medidas anunciadas pelo Vereador implicam alterações à arquitectura (o enrocamento) do parque a qual, como deverão saber, está abrangida pelo Código dos direitos de autor. Já contactaram e obtiveram a aprovação da projectista para as alterações anunciadas? Tencionam trabalhar em conjunto com a mesma ou irão os serviços avançar - como é seu apanágio - à revelia da mesma sob a capa do bem comum?

Por outro lado, a solução da rede - ainda que no comunicado seja pouco explícita - parece-me de alguma forma perigosa ou abusiva. Se a rede for para colocar sobre o lago, cai na situação a que me referi no parágrafo anterior, para além de passar a constituir um mamarracho de difícil qualificação. Se, pelo contrário, for para colocar dentro de água, não será pior a emenda que o soneto? Não ficará quem lá cair enredado na rede supostamente protectora, impedindo-o de sair (como aliás, parece ter sido a situação acontecida neste acidente com os limos e plantas a dificultar o resgaste da criança?)

Ana disse...

Sr Vereador
o Parque da Andorinhos (como Eu gosto de o chamar) estava bem cuidado e nunca houve acidentes ate ao momento em que o Sr. Rui (Guarda do parque) foi despedido.
O Sr. Rui e residente na zona. Conhece o bairro. Conhece provavelmente as criancas e os pais das criancas que brincam no parque.
O Sr. Rui acompanhou o crescimento e desenvolvimento do Parque.
E mais barato pagar a ProSegur do que ao Sr. Rui?
Nao seria do interesse de TODOS. termos o Sr. Rui de volta?
Ja agora em relacao aos parques da cidade:
que tal criar um movimento de voluntarios que ajudem os seus jardineiros a manter os parques cuidados?
que tal criar movimentos de idosos-reformados que sejam insentivados (financeiramente ou com bilhetes para os teatros de revista ou o que lhe apetecer) para circularem nos parques durante o dia, devidamente identificados e que assim contribuam para a vigilancia dos parques?
que tal criar equipas de animadores sociais ou passar passes e cobrar uma pequena quantia a quem queira usar os seus/nossos parques para que contem historias, teatros de fantoche ou mesmo pintem caras de criancas a troco de um euro.
que tal permitir que se vendam "hot-dogs" ou castanhas assadas nos parques por vendedores ambulantes a troco de uma licenca.
os parques so serao utilizados se forem alternativas a Nitendo.

Anónimo disse...

Caros Pedro e Ana, os vossos alertas e sugestões são pertinentes e serão tidas em consideração, certamente.
Todos percebemos que o esforço que está a ser feito para recuperar os espaços verdes é enorme, tanto em termos de pessoal como financeiros, tendo em conta a situação de abandono e degaradação a que se tinha chegado.
A participação dos moradores neste processo é essencial.

Anónimo disse...

Este acidente é lamentável mas alerta-nos para a necessidade de fazer um levantamento das condições em que se encontram todos os lagos da cidade bem como outras estruturas para crianças (parques infantis, skate parks, ...). Vedar ou enrocar o lago ou todos os lagos de Lisboa não resolve o problema. É bom e saudável ter acesso à água, tirar partido da presença de água. Mas os lagos têm regras de concepção e construção que ajudam a reduzir o risco de afogamento. Não sei se seria o caso deste. A colocação duma rede submersa na periferia do lago pode ser uma solução eficaz - e utilizada noutros países e mesmo em Lisboa, na Ajuda - desde que se tenham em atenção as características da rede e não venha ela mesma colocar mais problemas. Outra medida utilizada na Suécia, por exemplo, é a existência de equipamento de salvamento na beira do lago, que facilite o resgate da vítima - basta uma bóia com corda e uma vara telescópica - pressupõe, claro está, vigilância do parque (para evitar usos indevidos, roubos,...). E mais uma nota: os vigilantes de parques com lagos devem ter um curso de socorrismo ou uma formação mínima em primeiros socorros. Espero que este contributo possa ser útil para que situações destas não se repitam.
Helena Menezes - Consultora em segurança infantil e avaliação de risco

Anónimo disse...

Eu li com atenção o comunicado do vereador e compreendi aquilo que li. As preocupações dos moradores foram tidas em conta, mas apenas no que se refere à forma de evitar acidentes no lago (rede protectora, placas, etc.)o assunto está na ordem do dia, apareceu nos jornais e convém apresentar trabalho.Nada foi mencionado relativamente ao vigilante, que se revelou extremamente eficaz, e foi dispensado apesar de ser mais economico que a actual solução que não tem qualquer utilidade.
Nada relativamente às infraestruturas de apoio,à iluminação,à manutenção,etc.Ou será que todas estas preocupações dos moradores estavam referidas no comunicado do sr. vereador e eu é que não li com atenção?

Anónimo disse...

Concerteza que leu com atenção, estimado anónimo anterior. O que se passa é que o comunicado se refere às medidas urgentes que a CML pretende tomar de modo a minimizar a possibilidade de ocorrência de novos acidentes no lago. Sobre outras medidas, mais estruturais, deve ter lido no comunicado que os serviços técnicos elaboraram um relatório com diagnóstico e soluções, concluido há dias (antes do acidente), que está ser avaliado para execução.Inclui-se nesta questão o problema da vigilância que, como saberá, foi alterada no mandato anterior. Portanto, estimado anónimo anterior, o trabalho faz-se, com ou sem notícias nos jornais.

Anónimo disse...

O Sá Fernandes vai reunir amanhã com várias entidades da Alta de Lisboa para abordagem da situação dos espaços verdes.
Vão dizer que isto só acontece por causa das notícias...

Anónimo disse...

Não, não é por causa das notícias. É por causa do primeiro anónimo. É assim mesmo, Zé. Ouve o pessoal que não te arrependerás.

Anónimo disse...

Sr. Vereador que apoios mais quer da populacao?
ja tem os nossos votos, o nosso dinheiro (impostos) e os nossos cerebros (comentarios)
ajude-nos la a ajuda-lo