A GRANDE DÍVIDA DA CÂMARA
A Câmara tem vivido à conta de uma enorme injustiça: centenas e centenas de trabalhadores imprescindíveis têm sido tratados, ao longo de muitos anos, como se fossem prescindíveis. A estabilidade funcional da Câmara tem passado pela absoluta instabilidade de uma parte significativa dos seus trabalhadores.
A esmagadora maioria dos avençados que hoje trabalham na Câmara não são de facto dispensáveis para o funcionamento dos serviços municipais. Olhemos para a direcção municipal de gestão urbanística: tem 100 trabalhadores a "recibo verde". Sem eles a generalidade das obras na cidade pura e simplesmente paravam. A situação repete-se nos serviços centrais, na reabilitação urbana, na cultura, na acção social, no ambiente e em tantos outros.
É por isso que os lisboetas precisam de saber que é para com estes trabalhadores e suas famílias que a Câmara tem a sua maior e verdadeira dívida. Uma dívida que para além de ser financeira também tem uma dimensão social de enorme gravidade.
Está nas mãos e ao alcance deste Executivo saldar este débito. O presidente António Costa já reconheceu publicamente que é possível fazê-lo. Então, que extraordinário imperativo terá levado alguém a considerar que a prioridade era enviar cartas de rescisão?! Não tem sentido e é imperioso que o efeito dessas cartas seja suspenso. É preciso que a esperança vença.
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