segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Uma reunião de Câmara que correu mal I


Foi hoje aprovada em reunião de Câmara, com os votos favoráveis de todos os Vereadores – excepto do Sá Fernandes – uma proposta sobre os assessores dos Vereadores, que teve a sua génese, claro, nos especialistas do assunto “Lisboa com Carmona”.

Esta proposta prevê que, apesar de se ter fixado no início do ano o limite máximo do nº de assessores que cada Vereador pode ter, cada força política possa, no entanto, desmultiplicar cada um dos assessores pelo numero que queira, desde que, a soma do valor das avenças não ultrapasse o máximo de 47.400 Euros ano.

Desvirtua-se totalmente a ideia inicial que era possibilitar aos Vereadores formarem um gabinete de apoio, com gente que tivesse simultaneamente capacidade técnica e fosse da sua confiança política, conhecesse bem o programa com que esse Vereador foi eleito, etc.

A partir de agora, por exemplo, qualquer Vereador pode – em vez de contratar um assessor – fazer uma avença de 100 contos por mês a 8 pessoas.

Isto pode dar imenso jeito para quem anda a tratar de criar um novo partido, ou quem queira pôr uma malta a colar cartazes e a fazer distribuições à porta do metro… Não vejo é como é que isto ajude a Lisboa e ao seu município falido.


[BA]

3 comentários:

Anónimo disse...

Mas mesmo que não desdobrem, como é que é possível que, numa câmara falida e que exige sacrifícios aos trabalhadores, se possa pagar 800 contos por mês a um assessor?! Que o Carmona e companhia aprovem isto não me admira, mas o PC também votar a favor é que é incrível!!

Anónimo disse...

Muito bem, Bernardino.

Andámos nós a desmascarar a pouca vergonha dos assessores para depois isto voltar ao mesmo.

Mudaram as moscas, ponto.

E o PCP e a Roseta bem podem limpar as mãos à parede...

Anónimo disse...

Está tudo a saque! Com políticos destes, às vezes penso mesmo que o melhor será começar a defender menos impostos... E a Roseta e o PCP? Chiça! Que vergonha!