Salas de injecção assistida em Lisboa aprovadas há quase um ano

Lisboa é o espelho desta realidade. O desinvestimento a que assistimos desde a reabilitação do Casal Ventoso transformou alguns bairros da cidade num espectáculo de insalubridade, insegurança e degradação do espaço urbano. As proporções do fracasso das políticas sociais na área da toxicodependência no município lisboeta atingem níveis gritantes.
Em entrevista ao Público, o Presidente do Instituto da Droga e da Toxicodependência, João Goulão, afirmou que a abertura das primeiras salas de injecção assistida (SIA) na cidade de Lisboa esteve prevista para o segundo trimestre de 2007, poucos meses após a aprovação da proposta do BE em reunião de Câmara (em apenas um ano, o BE apresentou três propostas para a sua criação na cidade).
Se a queda do executivo de Carmona Rodrigues pode explicar o adiamento da implementação desta medida de minimização de danos, outros impasses serão já de difícil justificação.
A criação, como experiência-piloto, destas importantes estruturas, ultrapassado o debate sobre se deverão ser fixas ou não, depende exclusivamente da vontade política do actual executivo da CML.
Saliente-se que foi somente após uma alteração legislativa do actual Governo que as autarquias passaram a ter a possibilidade de implementar esta polémica medida, sucessivamente adiada desde o seu enquadramento legal, no já longínquo ano de 1999.
É conhecida a posição favorável de António Costa face a estas salas, pelo que urge a determinação de uma data específica para que o programa piloto avance efectivamente na cidade e que finalmente uma mudança qualitativa no tratamento da toxicodependência e no combate às verdadeiras salas de injecção a céu aberto se inicie.
[AS]
1 comentário:
atão mas agora querem por a sala de chuto na praça do município? gandas malucos, acho muito bem!
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