terça-feira, 4 de setembro de 2007

Lisboa e os seus Espaços Verdes


Tem-se tentado acusar o Vereador José Sá Fernandes do actual estado de degradação de muitos dos espaços verdes da nossa Cidade. Tomando posse há cerca de um mês, seria efectivamente uma boa notícia que tal facto fosse verdade, uma vez que estaria encontrada a raiz do problema. Mas assim não é. Os espaços verdes chegaram em muitos casos a um estado de degradação inaceitável e os casos referidos pelo movimento fórum cidadania numa carta, também endereçada a Sá Fernandes, não pode estar mais de acordo com as suas próprias reivindicações de sempre (http://cidadanialx.blogspot.com/2007/09/espaos-verdes-guia-checklist-para-2.html). Não é preciso explicar em profundidade que a reposição da normalidade de todos os espaços verdes degradados nos últimos seis anos não se faz de uma só vez e num mês. No entanto, vários espaços até já têm solução à vista.
Importa reter que é preciso, de agora em diante, potenciar um modelo de gestão de espaços verdes que garanta o aproveitamento máximo dos recursos humanos da Câmara, destinando aos contratos de manutenção com privados exclusivamente os espaços cujas especificidades técnicas assim o justifiquem.
A adequação, ao nível do planeamento e projecto, de uma cidade com espaços verdes de baixa manutenção e baixos custos, pouco exigente em regas, é uma absoluta necessidade num tempo em que a poupança de água se deve fazer pelos cidadãos mas acima de tudo e prioritariamente pelo Estado e, neste caso, pela Câmara, tendo em conta que a factura da água é paga pelos Munícipes. Os corredores verdes, contínuos, adaptados às especificidades locais e com dimensão para permitir baixa manutenção, devem constituir agora os eixos prioritários para uma rápida redução das despesas de manutenção dos espaços verdes, em época de fortes dificuldades financeiras e de crescentes preocupações ambientais.

[DM]

1 comentário:

Anónimo disse...

Os municipes exigem mais do BE do que exigem das forças políticas "do sistema". Isso não é necessáriamente mau.

Resta agora ao BE mostrar o que vale.