segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Inaceitável


Independentemente das ideias peregrinas da Ex-Vereadora para a revitalização da Baixa-Chiado (falo da via das colinas, dos parques de estacionamento subterrâneos debaixo do Terreiro do Paço e do Campo das Cebolas e das ideias glamourosas do “grande pólo financeiro, articulado com as agências europeias e os serviços mais especializados da administração pública moderna”), independentemente de tudo isso, a Câmara ter uma “comissária” para a Baixa-Chiado, que já pela segunda vez dá provas da mais bafienta xenófobia é, no mínimo, desprestigiante para uma cidade que se quer moderna, cosmopolita e desenvolvida.
[BA]

3 comentários:

Anónimo disse...

Pois esta seria uma boa altura para o Sá Fernandes , divulgar as suas propostas para a Baixa-Chiado, e demarcar-se da proposta desta senhora, que ao que parece agrada ao Salgado e ao Costa.

Já agora talvez seja necessária um nova campanha sobre a Praça do Comercio sem carros ao Domingo, isso não tem impedido que os carros continuem a invadir a Baixa, e tentem chegar ao Comercio, resultado engarrafamentos monstros, os transportes publicos com enormes dificuldades em se movimentarem

Como não há possibilidade de pôr sinalética por exemplo, no Marquês de Pombal, na 24 de Julho,e mesmo na Infante D. Henrique, deveria encontrar-se maneira de desviar o transito de privados mais longe da Praça do Comercio, ontem na Rua do Ouro, na Primeiro de Dezembro, e na rua da Prata era o caos, e ouvi alguns condutores da carris , prostestarem porque não conseguiam andar.

Eu sei que é dificil convencer os auto-dependentes, de que para se ir a algum lado, tambem há transportes publicos, mas como as coisa estão a decorrer, penso que o objectivo está longe de ser conseguido.

gentedelisboa disse...

Já quando Maria José Nogueira Pinto apresentou o seu plano, o Vereador José Sá Fernandes demarcou-se da proposta, embora reconhecendo algumas ideias como positivas (e antigas!).

Basicamente a critica de fundo foi contestar a necessidade - que era afirmada como central e prioritária - de construir a circular das colinas para tirar o trânsito da Baixa.

Para a "Lisboa é gente" o transito terá de ser desviado, por um lado, investindo nos transportes públicos, por outro des-incentivando o uso do transporte particular. Não é nada fácil mas de nada serve meter a cabeça na areia. Irão haver engarrafamentos enquanto as pessoas não se habituarem que a baixa não é para carros. Repare, anónimo, que as placas a informar do corte de trânsito estão lá há muito tempo, mas o pessoal traz o carro na mesma. Velhos Hábitos...

Em articulação com esta crítica dizemos que não faz sentido mais parques de estacionamento na baixa, muito menos subterrâneos. A estudar, na minha opinião, estacionamento para residentes num cilo próximo da baixa.

Finalmente: A baixa tem falta de habitação, mais do que as "Lojas âncora", as "agências europeias", os "grandes centros financeiros", a "administração publica mais moderna", para utilizar os chavões da Maria José Nogueira Pinto.

Porque não habitação direccionada para os jovens (T0, T1, residências universiitárias), que tanta falta faz à cidade e que estão menos veículo-dependentes?

Bernardino Aranda

Anónimo disse...

Tenho passado pela miradouro de S. Pedro de Alcantara, e parece-me que as obras recomeçaram, mas a ritmo muito lento.

Para estarem prontas em Janeiro , e com o periodo das chuvas que se avizinha, terá que haver mais esforço.

Pequena nota , Praça de Londres , faixa cetral onde está a estatua de Guerra Junqueiro, o que deveria ser um espaço ajardinado é um monte de lixo.

Sá Fernandes tem muito para fazer, até pelo pouco que fez Antonio Proa, mas estes pequenos arranjos, dariam uma boa prova de sua capacidade.

Já não falo das fontes da Av Da Liberdade e dos lagos ao abandono, ou a fonte do Rossio sem deitar água há muito.
Roma e Pavia não se fizeram num dia, mas num dia pequenas coisas podem representar muito....