Carta a Lisboa
«O princípio da presunção de inocência, mais que ser defendido, tem que ser prosseguido. Por isso não percebo, nem posso aceitar, que a constituição de autarcas arguidos tenha como consequência cega a suspensão dos mandatos para que foram eleitos.
Disse-o em relação aos casos concretos dos vereadores da Câmara de Lisboa, Fontão de Carvalho e Gabriela Seara. Comportamento diverso tiveram o PSD e os seus escribas de serviço, que - esquecendo até que alguns dos seus autarcas foram constituídos arguidos, mas mantêm-se em funções - presunçosamente se arrogam ser os guardiães da ética política, utilizando para tanto moralismos circunstanciais, habilidades retóricas e comparações histéricas.
Questão diferente é saber se em Lisboa a maioria eleita deve, merece ou tem condições para governar. Antes, note-se que de um dito independente ficou um presidente da câmara irremediavelmente dependente, para não dizer pendente das conveniências de facções do PSD. (...)
O executivo do PSD é iníquo (...). Não actua, não propõe, não faz, ou melhor, não sabe. Assim, tal como as sementeiras não se podem adiar, também é evidente que Lisboa precisa imediatamente de um novo governo. Infelizmente, o executivo agarra-se como uma lapa ao poder, e a oposição, em vez de contribuir para a mudança, acaba por, temerosa de eleições e com calculismos partidários, pactuar disfarçadamente com a gestão PSD em desastrosas aprovações. (...)
Enquanto cidadão, quero eleições - sem prometer, nem promover o que não se pode, sem dar o que não se tem, nem proteger os interesses que não se deve - e como representante de diversas sensibilidades políticas: estou pronto! Quem mais está?»
Conhece aqui a Carta a Lisboa do Vereador José Sá Fernandes, publicada na edição de hoje do Diário de Notícias.
[AS]
Disse-o em relação aos casos concretos dos vereadores da Câmara de Lisboa, Fontão de Carvalho e Gabriela Seara. Comportamento diverso tiveram o PSD e os seus escribas de serviço, que - esquecendo até que alguns dos seus autarcas foram constituídos arguidos, mas mantêm-se em funções - presunçosamente se arrogam ser os guardiães da ética política, utilizando para tanto moralismos circunstanciais, habilidades retóricas e comparações histéricas.
Questão diferente é saber se em Lisboa a maioria eleita deve, merece ou tem condições para governar. Antes, note-se que de um dito independente ficou um presidente da câmara irremediavelmente dependente, para não dizer pendente das conveniências de facções do PSD. (...)
O executivo do PSD é iníquo (...). Não actua, não propõe, não faz, ou melhor, não sabe. Assim, tal como as sementeiras não se podem adiar, também é evidente que Lisboa precisa imediatamente de um novo governo. Infelizmente, o executivo agarra-se como uma lapa ao poder, e a oposição, em vez de contribuir para a mudança, acaba por, temerosa de eleições e com calculismos partidários, pactuar disfarçadamente com a gestão PSD em desastrosas aprovações. (...)
Enquanto cidadão, quero eleições - sem prometer, nem promover o que não se pode, sem dar o que não se tem, nem proteger os interesses que não se deve - e como representante de diversas sensibilidades políticas: estou pronto! Quem mais está?»
Conhece aqui a Carta a Lisboa do Vereador José Sá Fernandes, publicada na edição de hoje do Diário de Notícias.
[AS]
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