A GRANDE DÍVIDA DA CÂMARA
[P]
Estive lá hoje de manhã. Não pedalei mas fiz o percurso a pé. Foi com grande satisfação que vi chegarem ao ponto de encontro um grande número de ciclistas que a Federação mobilizou, mas sobretudo foi muito bom ver tanta gente a subscrever o abaixo-assinado pelo fim do Tiro a Chumbo em Monsanto. Raro foi aquele que usou como argumento, o já estafado "Mas o clube já cá estava antes!..." Como se a questão fosse o clube. Quanto a questão é o chumbo.O blog "Lisboa, Lisboa", de um funcionário do PCP, continua a destilar sectarismo sobre o Sá Fernandes. Trancrevo uma esclarecedora troca de comentários entre o mentor desse blog e anónimos, a propósito da decisão do vereador do Bloco em acabar com o tiro a chumbo em Monsanto e a convocação de um encontro, no próximo domingo, no parque da Serafina, de apoio a essa mesma decisão. Ora vejam lá:
Diz o mentor do blog:
Não aprendem mesmo. Lá estão estes tipos a conspurcar a acção popular a esconder o sol com a peneira. Se alguma coisa há que apoiar é o parecer negativo dos Serviços. Não fora isso, e tínhamos aqui outra guerra...Sá Fernandes estava disposto a aceitar o campo com alterações - como ele próprio disse, aliás.
6:56 AM
Anónimo disse...
Oh Zé Carlos Mendes, pareceres negativos dos serviços já havia muitos (desde o tempo do camarada Rui Godinho). O problema é que ainda não tinha havido nenhum vereador que tivesse tido coragem para tomar a decisão política de fechar o campo de tiro. Podes dar muitas voltas ao texto, mas não te fica bem esse sectarismo que não te deixa ver o óbvio: O Sá Fernandes assumiu essa decisão.
1:42 AM
Anónimo disse...
Quanto ao "Sá Fernandes estar disposto a aceitar o campo com alterações", seria sério citares a coisa como vinha na imprensa. Vê, por ex., no site da RTP, uma nota da Lusa de 25 de Agosto:"Para já, não pode haver tiros porque a concessão acabou", afirmou Sá Fernandes, em entrevista à Lusa.Para o autarca, a existência de um campo de tiro em Monsanto "não faz sentido" mas manifestou-se aberto às propostas que a direcção do espaço possa vir a fazer para minimizar os impactos negativos daquela estrutura."O campo de tiro como está não pode funcionar mas estou aberto a tudo o que não prejudique Monsanto", afirmou.
Não fica claro que Sá Fernandes não concorda com o campo em Monsanto? É evidente que sim! Mas não pode impedir que apresentem propostas de minimização do impacte negativo. Só terá de as avaliar e proceder em conformidade. Tal como fez. É assim que quem é democrata costuma proceder, não achas?
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Falo de horários dos transportes públicos pouco ambiciosos; passeios apertados para se poder pôr mais uma faixa de rodagem; poucos corredores BUS; o recente aumento da velocidade máxima permitida em algumas artérias; o sempre adiado lançamento das ciclovias; as quase inexistentes ruas pedonais; a degradação de muitas das passadeiras da cidade...
Mas em vez disso, o Presidente-Vereador, prefere pôr em causa a Operação Tolerância Zero, sobre o estacionamento abusivo, dizendo que a eficácia da medida 'dura 15 dias'??!!
Que raio de virus politiqueiro mordeu a Manuel João Ramos, uma pessoa que tem uma história notável de activismo em torno destas questões, para utilizar assim o "discurso da reacção", só para poder atacar uma medida da CML?
[BA]


, favorável ao encerramento do campo de tiro a chumbo em Monsanto, está a mobilizar muitas vontades.
Comunicado da Plataforma de Monsanto
Sá Fernandes divulgou ontem um despacho que é o primeiro passo efectivo para acabar com a prática do tiro com chumbo em Monsanto.
Uma posição de grande dignidade e coragem, nas palavras dos dirigentes ambientalistas da Plataforma por Monsanto.
Quem tinha acusado Sá Fernandes de incoerência sobre o assunto, sugerindo que teria mudado de posição e iria manter o campo de tiro no parque florestal, devia agora reconhecer que errou.
Quem afirmou de peito cheio que agora o Bloco se tinha calado e abandonado as causas que sempre defendeu, também devia ter a humildade que dizer que se enganou.
Mesmo se não o fizerem, já ninguém tira esta vitória aos lisboetas e a Lisboa.
O aristocrata Carlos Ferreira, presidente do Clube de Tiro de Monsanto, garantiu hoje ao "DN" que os tiros vão voltar: "Vamos atirar. Autorizaram-nos, vamos atirar!".
O vereador Sá Fernandes tinha mandado suspender o tiro em Monsanto. Uma proposta aprovada pelo PC, PSD, Carmona e Roseta, na última reunião de Câmara, revoga o despacho de suspensão.
Esperemos que, agora, assumam a responsabilidade da continuação da contaminação do solo com chumbo, o ruido acima do permitido por lei, os bagos de chumbo a cairem sobre os utentes do parque, nomeadamente crianças das escolas, e a destruição de vegetação protegida.
[P]
AS já disse tudo.
Para além de tratar dos assessores, a maioria da Câmara também tratou de devolver gratuitamente parte do Parque Florestal de Monsanto a um clube da aristocracia portuguesa para poder praticar o seu tiro de espingarda.
A proposta do PSD foi aprovada com os votos a favor de Roseta, Carmona e do próprio PSD. O PCP e o Vereador das Finanças também se abstiveram, deixando passar esta vergonhosa proposta.
A proposta até dizia que “o Campo de tiro de Monsanto é dos mais belos da Europa” Pudera! Nos países civilizados não é suposto praticar tiro num Parque. Se fizessem um Campo de tiro em Hyde Park, o mais belo campo de tiro seria o Londrino…
Foi uma coligação negativa formada pelo PCP, PSD e Movimentos “Lisboa com Carmona” e “Cidadãos por Lisboa” que hoje chumbou a elaboração de uma nova avaliação dos terrenos de Entrecampos (antiga Feira Popular) e do terreno do Parque Mayer, fundamental para que a CML pudesse fundar uma nova posição sobre esta matéria junto do tribunal.
PSD, Movimento “Lisboa com Carmona” e a Vereadora Helena Roseta aprovaram hoje a proposta subscrita pelo PSD de retomada da prática do tiro em Monsanto, até que os serviços se pronunciem sobre o projecto alternativo para o Campo de Tiro, contrariando assim o despacho conjunto do Vereador José Sá Fernandes e do Presidente.
Há cerca de seis meses, na sequência de uma notícia lançada pelo Correio da Manhã, o Bloco de Esquerda foi acusado de remunerar as suas assessorias na Câmara Municipal de Lisboa com valores considerados criminosos.
O Espaço Monsanto recebeu hoje a apresentação da Oferta Educativa da Divisão de Educação e Sensibilização Ambiental da CML para o ano lectivo de 2007/2008, iniciativa que reuniu cerca de 50 participantes, entre professores e educadores do ensino público.
Na sessão de apresentação da Oferta Educativa para a sensibilização ambiental 2007/2008, que decorrerá amanhã, dia 9 de Outubro, pelas 10H, no Espaço Monsanto, os professores dos estabelecimentos de ensino básico da rede pública e privada de Lisboa, serão convidados a experimentar um conjunto de actividades, previstas no âmbito dos projectos a desenvolver com os seus alunos. Identificação de aves através do som, procura de insectos, recolha de frutos e folhas, são algumas das actividades a desenvolver pelos docentes que estarão presentes, que terão ainda oportunidade para fazer "rappel" no Parque de Monsanto.
Todos os anos, a Câmara Municipal de Lisboa tem vindo a desenvolver um plano de Oferta Educativa no domínio da Educação para o Desenvolvimento Sustentável, aos quais os estabelecimentos de ensino do concelho de Lisboa podem candidatar-se. Este plano inclui um conjunto de projectos de dinamização em ambiente escolar e no Espaço Monsanto, este ano dirigidos a crianças do Pré-Escolar até ao 3º Ciclo do Ensino Básico.
Segundo o Jornal de Notícias, o Sindicato dos Trabalhadores do Município de Lisboa (STML) e o STAL (Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local) iniciaram uma campanha contra a precariedade dos trabalhadores dos municípios, com a colocação de uma centena de faixas na cidade de Lisboa com a palavra de ordem «Os trabalhadores não são descartáveis». Esta campanha obteve um importante contributo no Plano de Saneamento Financeiro aprovado pela Câmara Municipal de Lisboa, o qual levará à integração de centenas de trabalhadores precários, graças à proposta do Bloco de Esquerda, contra a qual só votou o PCP.
Na edição de hoje do semanário SOL, Marcelo Rebelo de Sousa comenta a proposta de nova localização para o Instituto Português de Oncologia de Lisboa, acusando a Câmara Municipal de Lisboa de destruir o Parque da Bela Vista.
O Plano de Saneamento Financeiro hoje aprovado consagra uma das mais antigas propostas do BE, essencial para a angariação de receitas e medida fundamental de política urbanística: o agravamento da taxa de IMI aos fogos devolutos da cidade, como incentivo ao aumento da oferta nos mercados de compra e arrendamento de habitação.
A CML aprovou hoje o Plano de Saneamento Financeiro do município, que consiste fundamentalmente no pedido de um empréstimo à banca de modo a substituir a dívida a fornecedores por uma dívida bancária, com o objectivo último de, assim, reestruturar o passivo.
«Fazer cidade é escolher como olhamos e agimos para reverter relações de poder, para dar voz aos excluídos, para mudar a vida dos mais carenciados.»