segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

RESTAURANTE ELEVEN FUNCIONA SEM LICENÇA

Na sua última edição, o "Sol" confirma que o restaurante Eleven, no alto do Parque Eduardo VII, está a funcionar sem licença de utilização. Já nem nos restaurantes de luxo se pode confiar...

Entretanto, José Sá Fernandes responde às afirmações de Júdice na sua habitual coluna no "Público", com um artigo de opinião publicado ontem, no mesmo jornal, sob o título "Coitadinho do crocodilo!...", onde adianta que o Eleven nem sequer paga água (ou seja, paga a CML por ele): "...espero também que, com rapidez, a CML deixe de pagar a água que continua a fornecer gratuitamente para a actividade deste restaurante de luxo", refere o vereador.

O que se torna muito interessante é que começa a haver gente incomodada e que já salta em defesa das posições de Júdice. Uns de forma mais explícita do que outros.

A ASAE vai dizendo que a legislação é muito complexa e dificulta os licenciamentos , a Associação dos hoteleiros ainda carrega mais nas cores, João Soares converge com Ângelo Correia a defender que 500 euros é uma renda justa, Costa também lamenta que haja 5 mil processos de licenciamento pendentes na CML... E, pelo que vemos em certos blogs, a coisa ainda não vai ficar por aqui.

Sobre esta questão, sugiro a leitura do artigo "Concessões Perigosas", de Mário Crespo, no JN.

[P]


1 comentário:

Anónimo disse...

Tirando a qualidade da comida (que é indiscutivelmente boa, mas servida em doses ridículamente pequenas, ao estilo das versões mais arrogantemente pretenciosas de nouvelle cuisine) e a linda vista, tudo o resto sobre este Restaurante GRITA "restaurante virado totalmente para o lucro e conveniência dos donos"; o cliente, esse, é secundário. Talvez seja um bom local para alquelas pessoas que procuram um lugar para ser vistos e para poder dizer que pagaram um jantar caríssimo a alguém. É que o preço, esse torna-se realmente irrelevante quando a experiência é muito boa. Mas no caso do Eleven, a experiência só pode ser "boa" para quem gosta de pagar muito e ser parcamente servido, num local com muitos detalhes verdadeiramente inescusáveis. São detalhes demais para mencionar neste texto. Tudo no restaurante está clínicamente pensado e programado para o lucro dos proprietários e a conveniência do "chef" e do seu staff. Não admira que o local tenha funcionado sem licença. Certamente um local a evitar.