Ainda o Túnel... Não é verdade que a derrapagem nos custos se deva à providência cautelar
"A derrapagem era uma coisa já esperada. Era evidente que se tinha gasto mais do que se esperava ao início, uma vez que o projecto foi todo alterado e foi quase todo refeito. Não se podia fazer aquela obra como estava projectada de início", disse ontem, ao JN, José Sá Fernandes, vereador dos Espaços Verdes na Câmara de Lisboa, a propósito da decisão do Tribunal Arbitral (TA) que obriga a autarquia a indemnizar em quase 18 milhões de euros o consórcio construtor do Túnel do Marquês.
Também ao CM o vereador José Sá Fernandes, eleito pelo Bloco da Esquerda na Câmara de Lisboa, recusou ontem que os 17,8 milhões de euros definidos pelo Tribunal Arbitral de indemnização da autarquia ao consórcio construtor do Túnel do Marquês– liderado pela empresa Tâmega – resulte, em parte, da providência cautelar que interpôs em 2004 à obra. “Não tem nada a ver”, declarou, insistindo que “ já toda a gente sabia que a obra ia custar mais do que o adjudicado”.
Também ao CM o vereador José Sá Fernandes, eleito pelo Bloco da Esquerda na Câmara de Lisboa, recusou ontem que os 17,8 milhões de euros definidos pelo Tribunal Arbitral de indemnização da autarquia ao consórcio construtor do Túnel do Marquês– liderado pela empresa Tâmega – resulte, em parte, da providência cautelar que interpôs em 2004 à obra. “Não tem nada a ver”, declarou, insistindo que “ já toda a gente sabia que a obra ia custar mais do que o adjudicado”.
De facto, calcula-se que cerca de 15 milhões no aumento dos custos se devam directamente à má qualidade do projecto inicial, elaborado em pouco tempo e com vários estudos por fazer. O projecto teve de ser reformulado, em grande medida por imposição do Tribunal Administrativo. Os problemas de concepção foram de tal modo graves que uma parte do túnel, o troço que passa por cima do metropolitano, aida não foi concluido.
2 comentários:
O Tribunal de Contas deveria pronunciar-se , sobre esta questão.
Houve um caderno de encargos, a saida para a Antonio Augusto Aguiar continua fechada por imposição do Metro, e o Sá Fernandes é que paga as favas.
Já era altura, de uma vez por todas, colocar-se um ponto final a esta campanha, e isso só é possivel, quando houver coragem de responsabilizar politica e criminalmente o Santana Lopes e o Carmona Rodrigues, por esta delapidação de fundos publicos, fosse por desleixo, incompetência, ou por outros motivos...
Haverá coragem para exigir isso....
É de facto espantoso, o descaramento e a desinformação que a direita faz passar, para uma opinião pública incauta e manipulada.
Um mau projecto - um mau traçado, um perfil e uma geometria disparatada - pondo em causa, a existência com segurança de outra infraestruturas (cerca de 50 cm separam os extradorsos do túnel do metropolitano, do troço da saída para a A A A).
Um processo de obra lançado, sem cumprir todos os estudos necessários e obrigatórios, dá jeito para depois vir pedir trabalhos a mais, neste caso pela via do Tribunal Arbitral.
Num país minimamente esclarecido, os cidadãos deveriam agadecer ao Sá, pela iniciativa de defender os interesses de todos.
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