sábado, 10 de janeiro de 2009

CML RECUA NA PRIVATIZAÇÃO DOS SERVIÇOS DE LIMPEZA URBANA

O Público revela que na sequência da reunião de ontem entre os sindicatos (STML e STAL) e António Costa, os trabalhadores da Higiene Urbana da autarquia não entrarão novamente em greve.

O Presidente da edilidade assumiu o compromisso de reforçar com meio humanos e materias a estrutura agora sob a responsabilidade do Vereador José Sá Fernandes, alargando a previsão em 2009 de 50 novos cantoneiros para a contratação de mais 50 trabalhadores. António Costa garantiu ainda que a CML não irá recorrer a serviços externos para a limpeza urbana nas zonas da Baixa-Chiado e dos Olivais.

Este compromisso resulta numa importante vitória no combate à privatização daqueles serviços que chegou a ser apresentada para reunião de Câmara em Dezembro e que originou a greve de mais de 2000 trabalhadores na segunda semana daquele mês.

5 comentários:

Anónimo disse...

A greve valeu mesmo a pena! O pior é se conseguem alguma maioria absoluta nas próximas eleições.

Anónimo disse...

Será que o facto de o SáFernandes ter assumido o pelouro teve influencia nesta reviravolta de política?

Anónimo disse...

É sabido que foi António Costa que conduziu o processo.
José Sá Fernandes foi quem apresentou a proposta de privatização daqueles serviços em reunião de Câmara. Note-se, inclusivé, o silêncio do actual detentor do pelouro sobre a matéria. Não se conhece qualquer intervenção do Sá Fernandes em defesa da manutenção daqueles serviços públicos. E o silêncio do Vereador subscritor da proposta de privatização aquando da reviravolta é muito significativo.
António Costa percebeu que o momento não era o indicado (ano de eleições) e fez a CML recuar na intenção.

Anónimo disse...

Aliás, esta reviravolta só comprova a habitual falta de sensibilidade política do Zé. Teve de ser o Costa a dar a volta ao assunto e a mandar o Zé retirar a proposta de privatização da desmatação. Foi uma grande vitória dos trabalhadores da CML, em dúvida!

Anónimo disse...

A mim também me parece que o Zé foi completamente inábil a lidar com este "caso" político, senão vejamos:
1. Não conseguiu evitar uma greve dos serviços, quendo teve tempo para o fazer, e optou por não dialogar com os sindicatos, na crença de que um mero "desmentido" do vice-presidente sobre a privatização dos serviços surtisse algum efeito. Toda a gente sabe, e os sindicatos sabem-nos perfeitamente, que "onde há fumo há fogo". A greve fez-se, prejudicou toda a cidade, os municipes insurgiram-se contra o lixo por todo o lado e ele levou com as culpas.
2. Levou a reunião da CML uma proposta que acabaria por retirar por "não ter ainda competências" para tomar medidas sobre os lixos. O que era falso. Já as tinha por altura da greve, vejam os boletins municipais e é fácil perceber isso.
3. Foi o Costa que negociou com os sindicatos, e conseguiu emendar a mão porque não é parvo e sabe que em ano de eleições greves dos funcionários num sector com tanta visibilidade publica é do pior que lhe podia acontecer.
4. Claro que esta "negociação" tem também outro intuito, já que os funcionários do lixo vão ser muito necessários, ou não estivesse em preparação uma mega-campanha públicitária sobre este assunto que vai durar até às eleições...Quem a paga ainda não se sabe.
4. Esperemos as cenas dos próximos capítulos, e a tentativa do Zé protagonizar a "revolução dos lixos".