terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Bragaparques: começou a campanha da desinformação

Assistimos hoje ao final do dia a uma manobra completamente orquestrada para desacreditar os argumentos que tem vindo a ser defendidos pelo vereador José Sá Fernandes, relativamente à anulação do negócio Parque Mayer/Entrecampos, e, parece evidente, para pressionar e impedir uma nova posição da CML sobre este negócio, que deverá resultar da reunião do Executivo de amanhã.
Esta reunião ocorre na véspera da audiência prévia do julgamento da acção popular movida por José Sá Fernandes, quando ainda não exercia o cargo de vereador.
Hoje, a agência Lusa, sem primeiro ter tentado ouvir o contraditório - como mandam as regras o bom jornalismo - fez um take em que dava conta de um suposto parecer do Ministério Público (MP) que teria dado parecer negativo ao pedido de anulação deste negócio.
Acontece que tal documento data de há mais de um ano e meio, ou seja, foi emitido em circunstâncias totalmente diferentes das actuais, antes do MP ter deduzido acusação no âmbito do caso Bragaparques, há menos de uma semana, e antes de um acórdão do Supremo Tribunal Administrativo que sustenta que grande parte dos argumentos então utilizados pela Bragaparques não existem.
É preciso não esquecer que, muito depois deste parecer, a própria sindicância à Câmara de Lisboa, conduzida por uma magistrada do MP e que analisou projectos idênticos a este, foi no sentido de os considerar ilegais.
José Sá Fernandes já considerou que invocar agora um parecer negativo à anulação de permuta de terrenos do Parque Mayer, com «mais de um ano e meio», é uma «manobra» para «baralhar e confundir» .
«Vir buscar uma coisa de há um ano e meio para tentar baralhar e confundir as hostes parece-me uma manobra da Bragaparques», defende o vereador, e é fácil perceber porquê.
O timmig escolhido para divulgar nos media este parecer, e a forma descabida mas supostamente com carácter de "novidade", como este documento foi "anunciado" mostram que todo o cuidado é pouco nesta situação.
Aos jornalistas é de recomendar toda a prudência, e sobretudo, profissionalismo. E ao Executivo CML é de recomendar uma grande resistência às pressões.
José Sá Fernandes não cede a pressões, como é certo e sabido, e quer a máxima transparência sobre todo este processo. E continua e defender que a autarquia lisboeta deverá amanhã alterar a sua posição no negócio da permuta de terrenos do Parque Mayer, já que toda a gente percebeu que o negócio foi ruinoso para a cidade e que o melhor é mesmo a sua anulação.
É isso que os lisboetas esperam deste Executivo.
[CO]

3 comentários:

Anónimo disse...

O take da Lusa teve origem na sua delegação de Braga.
É óbvio que se trata de contra-informação da Bragaparques.

Anónimo disse...

Bem me parece, infelizmente, que pode acontecer que este processo não dê em nada. Imparcialidade e seriedade é coisa que custa encontrar na comunicação social portuguesa. Tendência e manipulação é imensa. Aresece de gravidade ser a Lusa a lançar a desinformação. Mas deixem-se de ingenuidades e avivem a memória. A Bragaparques deu de comer a muita boca do período PS/PCP. Haja coragem para ir até ao subfundo, doa a quem doer !!

Anónimo disse...

Caso a Ticketcode fosse fornecedora da bragaparques nada disto acontecia.