quinta-feira, 3 de janeiro de 2008

SINDICÂNCIA AOS SERVIÇOS DE URBANISMO PROPÕE PROCESSOS DISCIPLINARES E URGENTE REESTRUTURAÇÃO

O Executivo anterior, presidido por Carmona Rodrigues, foi obrigado a fazer alguma coisa para enfrentar a torrente de denúncias e suspeitas que pairava sobre o "urbanismo" do município de Lisboa. Casos como o da Bragaparques ou do Vale de St.º António, foram apenas alguns dos mais mediáticos.

A Sindicância foi a escapatória encontrada por um Executivo já em crise.

Conduzida pela Procuradora Elisabete Matos, nos termos previstos no Estatuto Disciplinar dos Funcionários e Agentes da Administração Central, Regional e Local, a Sindicância concluiu que, de facto, há problemas no urbanismo. Note-se que ficaram de fora da Sindicância os casos mais "complicados" porque já estavam a ser alvo de procedimento judicial.

Ou seja, as denúncias que a oposição foi fazendo durante o mandato anterior tinham razão de ser.

A Procuradora propõe a instauração de vários processos disciplinares, por clara promiscuidade entre responsabilidades públicas e interesses privados, e conclui que os serviços de urbanismo têm de levar uma grande volta de modo a torná-los mais transparentes, eficazes e eficientes. Considera que os serviços devem produzir indicadores que espelhem não só a actividade, mas sobretudo os resultados.

Ao actual Executivo exigem-se medidas concretas para enfrentar este problema e garantir que o interesse público é assegurado nos procedimentos administrativos do urbanismo.

Resta saber por onde anda e o que pensa disto tudo Gabriela Seara, responsável política do urbanismo no período abrangido pela Sindicância.

[P]

4 comentários:

Anónimo disse...

Ponham isso na net. Não escondam os corruptos! Há aí uma vereadora que é aqui do urbanismo que deve estar preocupada... Ou será que agora que são "colegas" a vão encobrir? Não parem! Denunciem os que têm vivido à conta!

Anónimo disse...

Só no urbanismo? E o que se passou e passa num determinado sítio da DMC, com as pessoas responsáveis pela direcção e pela chefia a terem comportamentos completamente irresponsáveis, esquecendo-se da sua função pública para com os munícipes. Não deverão estas pessoas ser punidas também com uma exoneração/expulsão da Câmara? Não se trata certamente de corrupção e, ou de viverem à conta, mas que têm uns comportamentos nada adequados à sua "missão", TÊM! Como é que deve ser a punição? Premiando-as? Isto das denúncias é muito fácil, mas quem acaba por levar com um processo disciplinar é quem denuncia, não que tem uma conduta comportamental muito "estranha"!

Anónimo disse...

E agora alguém tem dúvidas de que O ZÉ FAZ FALTA??? Faz e muita.

Anónimo disse...

promiscuidade entre responsabilidades públicas e interesses privados ?
Deve ser só no urbanismo... Sugiro que dêem uma vista de olhos nos Serviços Sociais.