"EXIGE-SE FUSÃO DA EPUL, SRU E GEBALIS"
A propósito da reestruturação das empresas municipais de Lisboa, a concelhia do BE emitiu o seguinte comunicado:
Os relatórios das empresas municipais, apresentados na última reunião de Câmara, espelham bem a situação caótica do sector empresarial do município e vêm dar razão ao Bloco de Esquerda que, já desde o mandato passado, tem vindo a exigir a urgência de uma reestruturação profunda do sector empresarial do município.
A necessidade de mudanças nas empresas municipais levou a que o “acordo de Lisboa” entre o PS e o BE, previsse, até ao final do ano passado, a completa reorganização do sector empresarial do município e do conjunto das suas participações sociais. A CML tem essa responsabilidade perante a cidade.
A situação da EPUL é a mais grave e insustentável. O chumbo do relatório de contas de 2007 em reunião de Câmara tornou evidente que nem os responsáveis pelo estado a que se chegou, sentiram condições para aprovar as contas da empresa.
Os lisboetas precisam, em primeiro lugar, de uma nova empresa municipal que trate da habitação na cidade, que abandone a velha separação social na política habitacional, responsável pela segregação urbana que levou à criação de guetos, degradados e em crise.
Exige-se que os objectivos e meios aos dispor das actuais EPUL, SRU e GEBALIS, empresas que se encontram hoje em estado crítico e que, no seu conjunto, apresentam neste momento capitais próprios negativos de quase 36 milhões de euros, sejam integrados e racionalizados. Acabar com o despesismo, com o financiamento de projectos megalómanos e de interesse no mínimo duvidoso em detrimento de uma política de intervenção no mercado que o regule e crie uma oferta fora do circuito especulativo, é uma urgência imperativa. Lisboa é uma das capitais mais caras da Europa, apesar da crise social que a cidade vive. A continuação desta política torná-la-á insustentável.
Para quê três conselhos de administração e respectivas estruturas de apoio, quando os objectivos devem ser comuns e redireccionados para a reabilitação e aumento da oferta de casas a preços acessíveis? É disso que a cidade precisa urgentemente, para impedir que a especulação imobiliária tome conta do que resta do parque habitacional. É disso que a cidade anseia para se revitalizar e conseguir suster a sangria populacional que tem vindo a assistir nos últimos anos.
Apresentados os relatórios de contas de 2007 de todo o sector empresarial da Câmara é agora urgente que não se perca mais tempo e que se inicie de imediato este processo. O atraso é evidente e cada dia que passa é um dia perdido.
A Concelhia do BE/Lisboa
23 de Junho de 2008
Os relatórios das empresas municipais, apresentados na última reunião de Câmara, espelham bem a situação caótica do sector empresarial do município e vêm dar razão ao Bloco de Esquerda que, já desde o mandato passado, tem vindo a exigir a urgência de uma reestruturação profunda do sector empresarial do município.
A necessidade de mudanças nas empresas municipais levou a que o “acordo de Lisboa” entre o PS e o BE, previsse, até ao final do ano passado, a completa reorganização do sector empresarial do município e do conjunto das suas participações sociais. A CML tem essa responsabilidade perante a cidade.
A situação da EPUL é a mais grave e insustentável. O chumbo do relatório de contas de 2007 em reunião de Câmara tornou evidente que nem os responsáveis pelo estado a que se chegou, sentiram condições para aprovar as contas da empresa.
Os lisboetas precisam, em primeiro lugar, de uma nova empresa municipal que trate da habitação na cidade, que abandone a velha separação social na política habitacional, responsável pela segregação urbana que levou à criação de guetos, degradados e em crise.
Exige-se que os objectivos e meios aos dispor das actuais EPUL, SRU e GEBALIS, empresas que se encontram hoje em estado crítico e que, no seu conjunto, apresentam neste momento capitais próprios negativos de quase 36 milhões de euros, sejam integrados e racionalizados. Acabar com o despesismo, com o financiamento de projectos megalómanos e de interesse no mínimo duvidoso em detrimento de uma política de intervenção no mercado que o regule e crie uma oferta fora do circuito especulativo, é uma urgência imperativa. Lisboa é uma das capitais mais caras da Europa, apesar da crise social que a cidade vive. A continuação desta política torná-la-á insustentável.
Para quê três conselhos de administração e respectivas estruturas de apoio, quando os objectivos devem ser comuns e redireccionados para a reabilitação e aumento da oferta de casas a preços acessíveis? É disso que a cidade precisa urgentemente, para impedir que a especulação imobiliária tome conta do que resta do parque habitacional. É disso que a cidade anseia para se revitalizar e conseguir suster a sangria populacional que tem vindo a assistir nos últimos anos.
Apresentados os relatórios de contas de 2007 de todo o sector empresarial da Câmara é agora urgente que não se perca mais tempo e que se inicie de imediato este processo. O atraso é evidente e cada dia que passa é um dia perdido.
A Concelhia do BE/Lisboa
23 de Junho de 2008
5 comentários:
A fusão está prevista no Acordo de Lisboa entre o PS e o Bloco. E parece que até tinha data marcada...até ao fim do ano. O processo está atrasado e Sá Fernandes já o admitiu em entrevista. Porque estará atrasado é que não se sabe. Mas o Bloco deve (devia) saber. Porque tem um Vereador no executivo e porque é uma parte no acordo. O que estaríamos à espera é que o Bloco desse explicações sobre o atraso e não que diga o que todos sabem - que está atrasado e que é urgente que o processo avance. E porque não avança? O Bloco e o Sá Fernandes devem saber porquê. E devem saber se o atraso é compreensível ou tem responsáveis. E nesse caso devem dizê-lo publicamente. Mandar recados públicos “escondidos” a alguém é que não. Não devia ser próprio do Bloco.
Resta saber se o Bloco é parte consultada no acordo. Essa é a minha dúvida. Tenho para mim que o Sá Fernandes ligou o piloto automático. Se assim não fosse, como se explicaria a praça das flores?
è de todo o interesse do Vereador do Bloco de Esquerda, que os pontos do acordo feito com o PS em Lisboa, sejam cumpridos e na sua totalidade. Caso contrário entrariamos na perspectiva de que o PS na altura entendia que os pontos do acordo eram ideias Naif, por simplesmente não serem exequíveis na prática, remetendo para visão de que cinicamente António Costa estaria a aceitar o acordo por ter exigencias levianas e meramente "risiveis" no concreto, e que mais cedo ou mais tarde deixariam por esse motivo, o vereador sem reação às exigencias.
Ora
Neste sentido volto a referir que , na minha opinião, é do maior interesse para Sá Fernandes pressionar o PS para a execução total (EMEL incluido) dos pontos referidos no acordo. Precisamente por serem perfeitamente exequiveis.
Se à coisa que o Bloco de Esquerda parece ter é bons politicos ou fiscalistas ou economistas ou gestores que certamente darão uma ajuda caso necessário.
É só pedir.
My opinion
António Lg
Praça das Flores.... agora o que interessa aos moradores da Freguesia das Merçês, é que com o dinheiro que a Skoda pagou, a praça fique um brinquinho, o resto já passou á historia.
Não basta o Sá Fernandes e o Bloco, baterem o pé, há interesses , e empregos para gente de todo o espectro partidario nessas empresas municipais, e haverá boiocote subtil ou declarado, a qualquer tentativa de mudar a forma como aquelas empresas estão organizadas.
Veremos quando o Bloco e o Sá Fernandes começarem a fazer pressão, qual vai ser a reacção dos vereadores do PS, do PCP, do PSD e do Carmona, e por tabela dos eleitos da Assembleia Municipal.
È que não basta, como se viu no caso do Campo de Tiro do Monsanto, a proposta aparentemente ser aprovada.
Há sempre maneira dos interesses instalados, boicotarem qualquer tentativa real, de alteração dos status-quo.
Só a denuncia publica, dos vereadores , e forças politicas que tentarem boicotar a fusão das empresas municipais, os fará recuar com medo de perderem votos.
E como disse os interesses vão do PCP ao Carmona, não esquecendo o PS e o PSD.
Fernando, não há recado escondido algum. O comunicado público do Bloco certamente que serve para apoiar a proposta que o Sá Fernandes vai apresentar na Câmara de reestruturação das empresas municipais.
Enviar um comentário