domingo, 2 de março de 2008

Belém!


A sua situação geográfica na cidade de Lisboa e a monumentalidade que encerra, fazem dela um ponto forte de grande interesse turístico. Mas também a qualidade da área residencial de eleição que comporta e porque está sentada na primeira linha da zona ribeirinha, faz dela a mais apetecida freguesia de Lisboa.

De palacetes centenários (históricos), a parques de estacionamento estratégicos, a ordenamentos locais estabelecidos, nada foge à gula de quem, com informação privilegiada, se adianta nesses locais catalisadores de estruturas de forte pendor económico.

A zona da Doca Pesca, em Pedrouços, como espaço a requalificar e o projecto "Centro de Investigação da Fundação Champalimaud" a instalar são o mel que atrai todos estes gulosos. É bom para a freguesia, quer para o seu desenvolvimento económico quer para a requalificação daquele espaço, quer ainda se se viesse a constituir como um pólo de trabalho para as gentes de Belém. O que não é bom são as cedências e a falta de controlo sobre as apetências selváticas dos nababos do betão, que só vêem em cada metro quadrado de espaço livre de construção num espaço a betonar, como, aliás, já o vêm fazendo em regime de roda livre, como atrás foi dito.

Toda esta panóplia de "facilitismos" tem uma origem que importa relevar para que sob capa da ingenuidade não se encubra a verdadeira razão que a originou - Dinheiro, ou melhor, a falta dele - Arranjar verbas para tapar o buraco financeiro da CML que as ruinosas administrações Santana /Carmona vieram, com o buraco do Marquês, acrescentar mais buraco ao buraco.

Eduardo Lopes

Sem comentários: