terça-feira, 17 de março de 2009

MÃE SOLTEIRA E CRIANÇA DE DOIS ANOS DESPEJADAS PELA POLÍCIA MUNICIPAL

Os despejos na Quinta do Cabrinha continuam. Ontem, pelas 9h30, Sara Nunes e o filho de dois anos, foram retirados de casa pela Polícia Municipal, sob uma onda de ameaças e protestos dos restantes moradores.

«Agora não sei o que vou fazer. Tenho de regressar à casa dos meus pais onde já vivem nove pessoas. Sou mãe solteira e estou desesperada», lamentou, ao Correio da Manhã, a moradora, que ocupava a casa há um mês.

A política de habitação da Câmara Municipal de Lisboa continua inexistente, preocupando-se a edilidade apenas em despejar os moradores sem procurar uma alternativa digna para os mesmos. E o silêncio de António Costa e Ana Sara Brito é ensurdecedor.

O direito à habitação está consagrado na Constituição Portuguesa, porém a autarquia lisboeta continua a negar esse elementar direito aos seus cidadãos.

Um debate sobre política de habitação na cidade é urgente.

2 comentários:

Anónimo disse...

Um debate sobre a politica de habitação é urgente sem dúvida, mas neste debate, não se deve pactuar com oportunismos.

Cada vez , fruto da crise , existem mais familias a precisar de casa de renda social.

Muitos habitaram anos em casas alugadas a privados , e que agora pelos mais diversos motivos, desemprego, regresso de imigrantes que exigem o despejo a pretexto de precisarem das casas,doença, endividamento excessivo, penhora de todos os bens, em suma há hoje toda uma serie de familias da pequena burguesia, que tem necessidade de casa de renda social, a este juntam-se aqueles que vivendo em casas degradadas, ou mesmo em barracas, concorreram a casas da Camara.

Com estas ocupações ( a palavra pode ser mal interpretada mas é a unica que me ocorrre SELVAGENS), poderão estar a prejudicar os direitos de outros cidadãos.

Em muitos casos , a mentalidade que vigora é se o casal teve direito a uma casa de renda social, os filhos quando crescerem tambem têm o mesmo direito.

Isto não pode ser defensavel.

Não é porque uma familia num processo de realojamento teve direito a uma casa de renda social, que passados anos, os seus filhos, e depois os seus netos, terão obrigatoriamente os mesmos direitos.

Cada caso é um caso, é importante que o BE defenda os sectores mais necessitados, e defenda uma politica de habitação justa e humana, mas tem tambem obrigação de não alinhar ás cegas na defesa de todas as ocupações, sem se informar da justeza da atitude, ou se pelo contrario não houve uma atitude oportunista.

Anónimo disse...

Há gente aqui no Cabrinha que não sai ao fin de semana com medo de que ocupem a sua casa. E depois quem ocupa faz ligações ilegais de gáz e eletricidade e põem em perigo o prédio todo. É uma grande irresponsabilidade.