quinta-feira, 7 de agosto de 2008

MORADORES DA AVENIDA DA LIBERDADE PROCESSAM CML

Um mês após o incêndio no número 23 da Avenida da Liberdade, 15 moradores do prédio contíguo continuam a ver-se impedidos de entrar nas suas casas e recolher os seus bens. Cansados desta situação, os moradores anunciaram ontem que estão a preparar acções contra «a Câmara de Lisboa, o Fundo Libertas I e a Junta de Freguesia de Galveias».

Os motivos para a acção judicial diferem para cada um: incúria para a CML, por não ter impedido a degradação do edifício devoluto; violação dos deveres de conservação do prédio para a Junta de Freguesia de Galveias, como senhoria; danos causados para o Fundo de Investimento Libertas I, do grupo BANIF, proprietário do prédio ardido.

António Ramalho, porta-voz dos moradores, sustenta a tese de fogo posto e conta que «pessoas amigas fizeram investigações sobre o caso e descobriram que é intenção alargar o futuro hotel para o nosso prédio, o que aumentaria os 96 quartos para mais de 170». Os moradores alegam ainda que têm sido alvo de chamadas anónimas intimidatórias, onde lhe é sugerido não fazer «muito barulho sobre o caso».

Não obstante o edital assinado a 11 de Julho pelo Vereador do Urbanismo, Arq.º Manuel Salgado, o proprietário do número 21 da Avenida – Junta de Freguesia de Galveias - ainda não procedeu às obras de segurança que CML impôs: colocação da cobertura no telhado e remoção do entulho. Na intimação da autarquia lisboeta está bem expresso o prazo de execução dos trabalhos – «oito dias úteis para o seu início e com o prazo de 30 dias úteis para a sua conclusão» – sob pena de contra-ordenação.

As causas deste incêndio continuarão a ser apuradas pela Polícia Judiciária, porém, o impedimento de recolha dos bens dos moradores lesados, assim como o aparente incumprimento das obras de segurança impostas pela edilidade lisboeta, acompanhados pelo silêncio dos proprietários dos prédios em causa, deixam muito espaço para especulações.

Entretanto, outro edifício devoluto foi ontem alvo de incêndio. Foi na Rua da Venezuela, em Benfica. Tudo começou no rés-do-chão, porém rapidamente se propagou até à cobertura.

[AS]

1 comentário:

Anónimo disse...

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