sábado, 28 de fevereiro de 2009

O INCÓMODO DA ESQUERDA

No seu discurso de apresentação da moção de José Sócrates ao Congresso do Partido Socialista, António Costa centrou a sua intervenção em ataques ao Bloco de Esquerda, classificando-o de «partido oportunista, que parasita a desgraça alheia, mas incapaz de assumir os riscos da governação».

Socorrendo-se da sua experiência pessoal na Câmara Municipal de Lisboa, António Costa revela que «ao fim de dez anos não podemos ter mais nenhuma ilusão» quanto a essa matéria, assim como que o movimento em direcção a uma nova convergência da esquerda, visa «exclusivamente dividir e enfraquecer o PS».

Do Congresso em Espinho sai fortalecida a ideia de que o BE incomoda os dirigentes do PS e incomoda-os pela esquerda, na luta social, nos movimentos de cidadania.

No país e na Europa, o BE vai continuar a incomodar todos os protagonistas e promotores das desigualdades, da precariedade, da injustiça.

Mas sobre a "experiência pessoal" de António Costa, vale a pena relembrar que o edil lisboeta assinou um acordo de seis pontos concretos com o Bloco de Esquerda, acordo esse que nada tem merecido mais do que o seu cabal incumprimento.

A verticalidade do BE na luta política incomoda muita gente, mas é a verticalidade da nossa proposição e conduta que nos define como a esquerda de confiança.

1 comentário:

Anónimo disse...

é ou não verdade que o Deputado Europeu Miguel Portas assinou uma reslução altamente desfavorável ao povo Palestiniano quando publicamente toma posições no sentido contrário a essa resolução? E que a sua maior indignação foi o ter-se descoberto o seu voto favorável e não o facto de subscrever favoravelmente tal resolução?
Manuel G. Lisboa