O passivo da CML e a política à portuguesa
Há dias, Pedro Santana Lopes, exigia na sua crónica semanal da TSF que o Tribunal de contas fizesse uma auditoria à CML para aferir do passivo que era da responsabilidade de cada uma das administrações autárquicas em Lisboa.
Hoje, na sua crónica na TSF, Santana volta ao tema: Segundo o nosso “ex”, do passivo de 1.261 Milhões de Euros, 800 milhões são relativos à gestão PS/PCP.
Santana é a face do pior da política portuguesa nos últimos anos. Sabe que basta uma afirmação destas para espalhar a confusão e que as pessoas, nomeadamente jornalistas e comentadores, pouco habituadas ou sem tempo para procurar dados financeiros por si, vão ficar confusas.
No sábado, José Sá Fernandes disse “Só nos seis anos em que esta maioria governou a cidade, o passivo cresceu 125%”. Na segunda, Santana Lopes desmente. O jornalista passará a escrever qualquer coisa como: “Segundo Sá Fernandes, o passivo terá crescido 125%”. O comentador político dirá: “É necessário saber qual é afinal o Passivo da Câmara, pois este tema está submerso em confusão”. Mas já ninguém escreverá "O Passivo mais do que duplicou em apenas 6 anos."
Espero que alguém se lembre que uma Câmara Municipal tem um Plano Oficial de Contabilidade, tem contas e relatórios de contas que são naturalmente e sucessivamente fiscalizadas (nomeadamente pelo Tribunal de Contas), e que não tem havido razão por parte de ninguém para pôr em causa a credibilidade dessas contas e das instituições que as fazem e as fiscalizam
Segundo os Balanços oficiais da Câmara Municipal de Lisboa, o Passivo era em 2001, data em que Santana Lopes subiu ao poder, 561 Milhões de Euros. Em 2002, 783. Em 2003, 914. Em 2004, 1.025. Em 2005, 1.200 e em 2006, 1.261 milhões de Euros.
[BA]
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