Corredor Verde avança após 30 anos
A garantia que o Corredor Verde da cidade vai finalmente avançar foi dada ontem por José Sá Fernandes, vereador responsável pelos Espaços Verdes da Câmara de Lisboa, que pretende assim concretizar um das suas promessas eleitorais.
O autarca promete assim realizar um sonho antigo do arquitecto Gonçalo Ribeiro Telles, que há cerca de 30 anos idealizou aquele percurso pedonal, sem que até hoje o tenha visto acontecer.Ao todo, o projecto - que inclui nivelamentos de piso, construção de uma ponte, entre vários outros trabalhos - custará 500 mil euros, mas a maior parte da verba será assegurada por financiamentos exteriores e também por dinheiro do Casino de Lisboa, explicou Sá Fernandes, que acedeu ao convite do Centro Nacional de Cultura e foi o cicerone durante um passeio pedonal pelos 6,5 quilómetros do futuro Corredor Verde.
As novidades começam logo entre o Parque Eduardo VII e o Jardim Amália Rodrigues, onde haverá nivelamento de piso e uma passagem para peões. Também para chegar à parte de trás do Palácio da Justiça será feita uma passagem para peões.
Para a zona da Avenida Gulbenkian está prevista uma ponte de ligação pedonal até perto das instalações da Polícia Municipal (PM). Sá Fernandes espera conseguir lançar o concurso de adjudicação no final do mês de Maio e acredita que em Novembro será possível arrancar com a construção. A conclusão está prevista para o Verão de 2009, assim como os restantes trabalhos.
Duas cafetarias vão ser construídas ao longo do percurso uma perto da PM e outra junto à quinta municipal José Pinto, perto do Bairro da Liberdade, em Campolide. A quinta também será recuperada e para chegar a Monsanto será aproveitada a passagem pedonal já existente.
Na entrada do Parque Florestal, haverá uma recepção: uma construção municipal que vai ser recuperada. O actual parque de estacionamento vai ser melhorado, assim como o caminho que leva para ao interior do parque.
No final da longa caminhada, Sá Fernandes anunciou que está estudo um sistema que permita o aluguer de bicicletas e carrinhos eléctricos num ponto do percurso e posterior devolução noutra zona, depois de utilizados.